Desde 2011,
primeiro ano do terceiro mandato de Marconi Perillo, o governo de Goiás já
gastou mais de R$ 487 milhões em propaganda. Foram quase meio bilhão de reais
para mostrar um estado que não existe.
Desde que estourou a Operação Monte Carlo da
Polícia Federal, que desbaratou a quadrilha de Carlos Cachoeira e trouxe a tona
as relações pouco republicanas do governo de Goiás com o esquema do
contraventor, a assessoria de comunicação de Perillo não poupou dinheiro para
limpar a imagem do chefe do executivo goiano. A equipe palaciana enxergou na
tática de propagandear um estado que não existe como única possibilidade de
salvar o governo marconista.
Equilibrando na corda bamba e pouco
convincente nas explicações dada à CPMI do Cachoeira, Perillo se viu obrigado a
aumentar a verba publicitária. Em 2011 foram gastos pela AGECOM R$ 70 milhões e
em 2012 R$ 90 milhões em propagandas do governo de Goiás. No ano seguinte,
2013, vendo sua popularidade beirar o solo e considerado o 2º pior governador
do Brasil, segundo o IBOPE, Perillo aumentou consideravelmente a verba
publicitária, fechando o ano com gastos superiores a R$ 167 milhões. Em 2014,
em apenas 5 meses, já foram gastos mais de R$ 160 milhões. Para, literalmente,
vender um estado que não existe, o governo de Goiás gasta sem pudor.
As prioridades vão sendo deixadas de lado e o
Estado "que dá gosto de se viver" se consolida como um pesadelo dos
goianos. Na mesma proporção dos gastos com propaganda, a violência cresce em
Goiás.
Nesse
período de gastos exorbitantes com peças publicitárias estreladas por atores e
cantores de renomes nacionais, Goiânia foi alçada a condição de 28ª cidade mais
violenta do mundo. A taxa de homicídios no estado alcançou a incrível marca de
46,56 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes, quando o aceitável pela
OMS é de 10 por cada 100 mil moradores.
Ocorrem,
diariamente, mais de 42 roubos ou furtos de carros em Goiás. A cada 2 minutos
um crime contra o patrimônio é registrado no Estado, cuja propaganda quer nos
fazer crer que é o melhor lugar do mundo para se viver. Só que a realidade é
outra e nós, goianos livres, precisamos dar um basta nessa situação para que
tenhamos sim, um estado bom de se viver.
Nos Opinando
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