Marli Meireles, de 57 anos, tinha cinco filhos quando foi assassinada |
Dois anos
após ter matado em Flores de Goiás, com cinco tiros a sangue-frio, a mulher,
Marli Silva Meireles, de 57 anos, com quem convivera por 26 anos, o motorista
de ônibus José Fernando Soares Meireles, de 63, foi preso na noite de sábado,
dia 8, em Planaltina (DF), a 200km de onde ocorreu o crime.
Quando foi
abordado pela polícia, José estava com um uniforme do Corpo de Bombeiros na
caminhonete que dirigia. Segundo a polícia, ele usava a farda para escapar de
eventuais abordagens, se passando por bombeiro militar.
José foi
localizado após denúncias anônimas feitas à 16ª Delegacia da Polícia Civil de
Planaltina. Além do uniforme, ele sempre portava óculos escuros, boné e
mantinha uma longa barba. A polícia afirma que, durante a prisão, José não
esboçou nenhum tipo de reação.
A família de
Marli diz estar aliviada com a prisão, mas ainda tem receio de que ele fique
impune. “Nós só ficaremos totalmente aliviados quando ele for julgado e
condenado”, diz o policial militar Alexandre da Silva Fernandes, de 41, um dos
cinco filhos de Marli. No dia do crime, em julho de 2016, Alexandre estava em
Brasília. Ele conta que durante os últimos dois anos a família teria recebido
várias informações desencontradas sobre o paradeiro do foragido. “Chegava pra
gente que ele tinha sido visto em Tocantins, outras vezes na Paraíba”, conta. O
suspeito é natural de uma cidade do interior da Paraíba.
José foi
encaminhado para a Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) de Brasília,
onde permanecerá à disposição da Justiça. O delegado responsável pelo inquérito
na época do crime, Jandson Bernardo da Silva, acredita não haver dúvidas sobre
a autoria do feminicídio.
A
transferência ou não do preso para Flores de Goiás será definida nesta
segunda-feira, dia 10, quando José também será ouvido para início da apuração
do inquérito. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Ele já
responde por outro homicídio.
O crime
Na noite de
15 de julho de 2016, José Fernando chegou até a chácara onde Marli morava,
cerca de 2 km da área urbana de Flores de Goiás, dizendo que queria conversar
para reatar o casamento.
O casal
estava separado há alguns dias. Com uma nova discussão e depois de ouvir mais
uma recusa de Marli, José teria sacado uma arma de fogo e atirado cinco vezes
contra a companheira.
Um dos tiros
acertou a cabeça da dona de casa. Familiares, que estavam na chácara, levaram
Marli para o Hospital Municipal de Flores de Goiás e ela chegou a ser atendida,
mas morreu horas depois. “Só quero que esse homem pague pelo que fez com a
minha mãe. Vamos ficar em cima para que ele não seja solto sem antes ser
julgado”, reitera Alexandre.
Fonte: O
Popular
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