Em
comemoração ao Dia do Cerrado, 11 de setembro, a Fundação Grupo Boticário de
Proteção à Natureza lança um documentário com foco na savana mais rica do
planeta. “A História depois do Fogo” conta em detalhes a expedição de dez dias
realizada em fevereiro deste ano por 12 especialistas da fundação, Universidade
Federal de Viçosa, Universidade Federal de Goiás e PUC-Goiás.
A ação teve
como objetivo avaliar os impactos do fogo que atingiu 85% da área protegida
pela Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), em outubro de 2017.
Na próxima terça-feira (11), a partir das 8 horas, o filme estará disponível no site e nas redes sociais da fundação.
Nesta época
do ano, ocorre o período de seca no Cerrado. Com pouca chuva, a baixa umidade
do ar, os ventos fortes e o calor provocam queimadas que se alastram e
tornam-se uma ameaça. Após o incêndio do ano passado, a fundação decidiu
promover a segunda expedição de biodiversidade na Reserva Natural Serra do
Tombador, desta vez com foco no impacto do fogo. “Pesquisas e expedições
científicas como essa são de extrema importância para aumentar o conhecimento
sobre a biodiversidade da Reserva e do cerrado. Neste caso específico,
compreender o impacto do fogo sobre a fauna e a flora a partir de um ‘marco
zero’ e realizar estes monitoramentos em longo prazo, vai possibilitar uma
melhor compreensão não só dos processos de recolonização da vegetação, como
ajuda a entender quais grupos de fauna são mais sensíveis ou mais resistentes a
eventos como esse”, afirma Natacha Sobanski, analista de projetos ambientais da
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
A expedição
Na expedição
liderada pelo doutor em Ecologia e membro da Rede de Especialistas em
Conservação da Natureza Fabiano Melo foram selecionados para estudo grupos
específicos de animais que respondem com mais rapidez a distúrbios ambientais
como o fogo. Foram escolhidos répteis, anfíbios, pequenos mamíferos não
voadores, aves e formigas.
Além disso,
foi feito um inventário da vegetação nas áreas impactadas e não impactadas pelo
fogo com o objetivo de acompanhar a mudança da estrutura e composição da
vegetação após queimadas nessas áreas. “Os estudos iniciais feitos na Reserva
Natural Serra do Tombador foram focados no inventário da biodiversidade. Agora,
com a questão do fogo, estamos incrementando os estudos para aumentar o
conhecimento geral da biodiversidade e, particularmente, para tentar entender
qual o impacto do fogo sobre essa fauna e flora residentes na Reserva”,
descreve Melo.
Compreender
os padrões ecológicos desses grupos são cruciais não só para a conservação das
espécies, mas de todo o ecossistema em que elas estão inseridas. O
monitoramento de longo prazo, a partir dos dados levantados na expedição,
possibilitará uma melhor compreensão de como está o restabelecimento do ambiente
e do equilíbrio ecológico da reserva a curto, médio e longo prazos. Além disso,
os resultados auxiliarão no refinamento das estratégias de prevenção e combate
ao fogo no Tombador.
Sobre a Fundação Grupo Boticário
A Fundação
Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O
Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A
instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra,
evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo
Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando
mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de
Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas
naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos
negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva
de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade.
Também promove ações de mobilização, sensibilização e comunicação inovadoras,
que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.
Fonte:
Circuito MT
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