domingo, 30 de setembro de 2018

Juiz determina que coronel Ricardo Rocha volte às atividades no subcomando-geral da PM de Goiás. Ele responde por homicídio qualificado, abuso de autoridade e ocultação de cadáver, na cidade de Alvorada do Norte/GO



O coronel da Polícia Militar Ricardo Rocha, que estava afastado das atividades de campo por suspeitas de ameaçar testemunhas de investigação, deve voltar a assumir o subcomando da corporação em Goiás. A medida de afastamento foi revogada após nova decisão da Justiça. O policial é suspeito de participar de grupo de extermínio.

O advogado do coronel, Ricardo Naves, disse que o próximo passo da defesa é agir para trancar o processo ao qual ele responde na Justiça. "Não tem o menor sentido seguir com uma investigação que não tem nenhuma prova. Tanto que a Polícia Federal com toda organização e tecnologia que tem não tem nada", afirmou.

A assessoria da Polícia Militar informou, por meio de nota, que o coronel "reassume o Sub Comando Geral da Polícia Militar a partir de 28/09/2018". A corporação também afirmou que "entende que a revogação da medida cautelar que determinou a suspensão das atividades nas ruas e função de comando do Cel Ricardo Rocha Batista, comprova e corrige uma grande injustiça outrora cometida em desfavor do Oficial".

A decisão foi dada na terça-feira (25) e é do juiz federal de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, Eduardo Luiz Rocha Cubas. Ele é o mesmo magistrado que também concedeu a medida de afastamento ao coronel há cerca de cinco meses.

No documento que determinava o afastamento de Rocha, o juiz avaliou que o policial, investigado por crimes como homicídio, pudesse se "valer de suas funções para eliminar ou intimidar testemunhas".

No despacho da época, Cubas afirmou que Rocha seria "suposto integrante do grupo de extermínio" investigado na Operação Sexto mandamento. Entre os crimes, ele responde por homicídio qualificado, abuso de autoridade e ocultação de cadáver em relação de Pedro Nunes da Silva Neto e Cleiton Rodrigues, em 2010, na cidade de Alvorada do Norte.

Já na decisão mais recente, o juiz disse que ele “logrou êxito em demonstrar que não subsistem os fundamentos que autorizaram o deferimento da cautelar de afastamento do cargo”. O magistrado acrescentou que nos últimos cinco meses, desde o afastamento do coronel, “não houve a apresentação de qualquer elemento de investigação que resultasse do afastamento do investigado”.

Fonte: G1

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