O
ex-governador Marconi Perillo (PSDB) chegou a ser alvo de pedido de prisão
preventiva em representação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal
(MPF-GO) feita na primeira quinzena deste mês à Justiça Federal. O juiz Rafael
Ângelo Slomp, da 11ª Vara Cível Federal, faz referência ao pedido na página 37
da decisão relacionada à Operação Cash Delivery.
“Cumpre
referir que o pedido de prisão preventiva contém entre os alvos das medidas um
dos candidatos ao Senado no pleito eleitoral de 2018. Oportuno consignar que
tal pedido foi recebido na iminência de se esgotar o prazo em que a lei
eleitoral prevê vedação à prisão de candidato”, afirma o juiz.
Ele completa
que “é dever do julgador avaliar os efeitos de sua decisão, sobretudo quando
pode ter influência direta e imediata sobre questão tão sensível da sociedade,
como é a escolha de seus representantes”. Rafael diz ainda que há necessidade
de elementos mais robustos para decretar prisões preventivas.
O POPULAR
apurou que, inicialmente, a PF fez pedido de buscas e apreensões e o MPF
incluiu solicitação de prisão preventiva contra todos os envolvidos, inclusive
Marconi. Isso ocorreu antes do período de proibição de prisão de candidatos.
Antes do
julgamento do pedido, a PF conseguiu as provas dos e-mail apagados de Jayme
Rincón e fez representação pelas prisões temporárias. O MPF endossou os pedidos
de prisões temporárias, mas excluiu o nome de Marconi, já por conta do período
de proibição eleitoral - que não permite prisão de candidatos 15 dias antes do
pleito até 2 dias depois.
A decisão do
juiz é do dia 24 de setembro, quando o prazo já estava valendo. Rafael negou as
solicitações de prisões preventivas de todos - contidas na representação
anterior - e concedeu as prisões temporárias. Por isso na decisão ele faz
referência ao pedido contra o candidato ao Senado.
Segundo
apuração do POPULAR junto à PF e ao MPF, houve apreensão de apenas um
smartphone do ex-governador com a senha de acesso. A Operação Cash Delivery
realizou buscas na casa em que Marconi mora, no Jardins Milão em Goiânia, e em
duas fazendas do tucano em Pirenópolis. A assessoria de Marconi não confirmou a
apreensão.
Fonte: O
Popular
Comentários
Postar um comentário