A Polícia
Civil prendeu cinco suspeitos de participar de uma quadrilha especializada no
roubo de gado na região central e norte de Goiás. Segundo o delegado Cleidson
Carvalho, o grupo é o maior a atuar na região e já causou prejuízo de ao menos
R$ 240 mil em três assaltos desde o mês de março deste ano.
"Eles
foram presos no último dia 6, mas já havíamos prendido eles em 2015. Quando
eles foram para o semiaberto, em março, passamos a acompanhá-los, porque
sabíamos que eles iriam reincidir. Desde então estamos acompanhando o grupo.
Dois seguem foragidos", explicou.
Os presos
foram identificados como Lucas Rodrigues da Silva, Francisco Cleiber da Silva,
Hudson da Silva Santos, Edson Lima Assunção e Ricardo Antônio Pereira da Silva.
O grupo foi apresentado à imprensa, mas nenhum dos suspeitos quis comentar o
caso.
De acordo
com a Polícia Civil, a quadrilha invadia as propriedades rurais com armas de
fogo e imobilizava os caseiros, amarrando-os ou deixando-os presos em um dos
cômodos da casa. Em seguida, os criminosos fechavam o gado e encarretavam os
animais em caminhões alugados. Eles eram transportados até Brasília. Depois,
anunciados em comércios da Bahia.
Os crimes
ocorriam durante o dia. Parte do bando ficava com os caseiros, até dar tempo de
o restante desembarcar em Brasília. Ainda segundo a polícia, os criminosos que
ficavam com os funcionários das fazendas aproveitavam para roubar móveis,
televisores, computadores e objetos usados no manuseio do gado, como arreios e
rações.
A prisão
ocorreu em flagrante, durante um roubo em uma propriedade de Crixás. Dois dos
suspeitos -- os irmãos Lucas Rodrigues da Silva e Francisco Cleiber da Silva,
apontados como chefes do bando -- estavam em um carro escoltando dois caminhões
com gado roubado e, na fuga, acabaram batendo em um carro da polícia, o que
provocou lesões leves em um agente.
Os outros
três estavam na fazenda de onde o gado havia sido roubado com os funcionários
do local.
"Eles
eram responsávei por manter vítimas em vigilância até o gado chegar ao seu destino,
que nesse caso seria Ceilândia (DF). A todo instante ameaçando vítimas de morte
mantendo elas amarradas. As vítimas ficavam as vezes de 6 a 8 horas sob o
domínio deles", afirmou o delegado.
Com o grupo
foram apreendidos dois revólveres e uma arma falsa, além de um carro. De acordo
com a Polícia Civil, toda quadrilha possui antecedentes criminais pela prática
de vários crimes dessa mesma natureza. Um deles é foragido do sistema
prisional.
O delegado
acrescentou que o grupo deve responder pelos crimes de formação de quadrilha e
roubo qualificado. Se forem condenados, cada um pode ficar preso por até 36
anos.
Fonte: G1
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