O juiz
Ricardo Prata, da 8ª Vara Criminal de Goiânia, aceitou denúncia no último dia 6
de agosto contra o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) por suposto
envolvimento nas irregularidades investigadas na Operação Monte Carlo. Ele é
acusado de corrupção passiva.
Segundo a
denúncia, parte de uma dívida de campanha de Marconi, de R$ 90 mil, teria sido
paga em troca de um aditivo em contrato da Delta Engenharia com o Estado.
O caso
também envolve o contraventor Carlinhos Cachoeira, que seria responsável por
conseguir contratos para a Delta graças ao seu relacionamento com agentes
públicos. A acusação se baseou em depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni,
que afirmou ter recebido os pagamentos para a campanha do ex-governador em
2010.
Inicialmente,
o processo estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ), porque, enquanto
governador, Marconi tinha foro privilegiado. Quando renunciou ao cargo em abril
desse ano para disputar vaga no Senado, contudo, Marconi perdeu o benefício e o
processo passou para a primeira instância.
O juiz
também acatou solicitação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para
que fosse retirada a condição de segredo de justiça do caso.
O advogado
de Marconi, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou, em nota, que
“não há qualquer fato novo relacionado ao processo” e que o recebimento de
denúncia é ato “quase mecânico e automático”. “Confiamos no Poder Judiciário e
vamos prosseguir, na primeira instância, com a defesa técnica”.
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