Chapada dos Veadeiros: Área urbana que permeia o parque é carente de investimentos e políticas públicas
As
atividades econômicas relacionadas ao Turismo no Brasil voltaram a crescer. Em
2019, o setor aumentou sua participação no PIB Nacional, que responde por mais
de 8% da Economia. Em Goiás, o Ecoturismo possui grande potencial comercial.
Reconhecido
em 1961 e tombado como patrimônio mundial pela Unesco em 2001, o Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros, na região nordeste, é um exemplo deste
cenário. É uma referência mundial de preservação do Cerrado: são 17 espécies de
flora e 32 espécies de fauna ameaçadas de extinção resguardadas pelas
delimitações do complexo ambiental.
A região da
Chapada por muito tempo foi um sertão geograficamente isolado e foi esta
característica que manteve intacto seu maior patrimônio social: a cultura de
seu povo. Hoje, com a facilitação ao acesso a estas áreas, defendemos a
manutenção da cultura dos povos e das áreas ambientais como um caminho na
construção da identidade goiana.
A cultura
local é, também, geradora de arte e riquezas à região através do trabalho dos
mestres de cultura, foliões, quilombola e tantos produtores culturais que usam
materiais locais e técnicas de seu povo para a produção artística.
Ainda assim,
a área urbana que permeia o parque é carente de investimentos e políticas
públicas. Além de Cavalcante e Alto Paraíso, que detém 60% e 40% da área do
parque, respectivamente, a microrregião da Chapada, composta por Campos Belos,
São João da Aliança e Colinas do Sul, demanda atenção em suas necessidades
básicas e comuns a todas as cidades goianas.
Com a criação
da Frente Parlamentar em Defesa da Chapada dos Veadeiros propomos um debate com
diversos setores a fim de facilitarmos o acesso ao investimento do Estado,
através – por exemplo – da ampliação e aplicação do ICMS Ecológico na região.
Igualmente é
preciso um debate que aumente a atração turística e a preservação das culturas
locais, como a dos Kalunga, e resguarde suas tradições, inserindo uma agenda de
suas atividades no calendário cultural goiano.
Um debate
plural – social, cultural e econômico – envolvendo a iniciativa privada e o
setor público é a oportunidade para gerar incremento econômico, preservação
ambiental e garantir desenvolvimento social sustentável à região que tem
potencial e muito a oferecer a Goiás, ao Brasil e ao mundo.
Fonte: O
Popular
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