O diretor do
grupo J&F, que controla a JBS, Ricardo Saud, durante um dos seus
depoimentos onde explicava como repassava de propina para o senador mineiro
afastado Aécio Neves, citou o nome do governador de Goiás, Marconi Perillo
(PSDB), e do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop),
Jayme Rincón (PSDB). A citação de Marconi Perillo acontece a partir dos 10
minutos do vídeo acima.
"Joesley
falou para ele (Aécio): 'Vou fazer com você igual eu fiz com o Marconi Perillo.
Cansei de dar dinheiro pro Marconi Perillo através do Jayme Rincón. O Marconi
Perillo nunca fez um nada pra mim no Estado de Goiás. Vocês do PSDB são tudo a
mesma coisa'." O delator se referia à campanha eleitoral de 2014.
Por meio de
nota, o governador Marconi Perillo afirma que o grupo não fez doações à
campanha de reeleição e que não houve qualquer contrapartida por parte dele ou
do governo de Goiás ao Grupo JBS.
Veja nota do governador Marconi
Perillo na íntegra:
Conforme
afirma o empresário em seu depoimento, não houve qualquer contrapartida por parte
do governador Marconi Perillo ou do governo de Goiás ao Grupo JBS em
decorrência de doações para campanhas.
As doações
de campanha foram declaradas oficialmente à Justiça Eleitoral, estando
disponíveis para consulta no portal do TSE, e restringem-se às campanhas de
2006, ao então candidato Alcides Rodrigues, e de 2010, ao então candidato
Marconi Perillo. Em 2014 o grupo não fez doações à campanha do governador à
reeleição.
Mais uma
vez, é necessário ressaltar, conforme afirma o próprio empresário, que jamais
houve qualquer favorecimento do grupo no Estado.
Compra de apoio
O diretor de
Relações Institucionais da Holding afirmou que o senador pediu para que o grupo
comprasse o apoio de 12 partidos políticos para sua candidatura à Presidência
da República
"Para
ganhar as eleições, eles precisavam comprar os partidos, porque todos os
grandes estavam vendidos para o PT (...) e isso era feito com promessa de
ministério ou de cargo para o governo. O Aécio conversou com Joesley, disse que
precisava mudar o Brasil. O Joesley disse 'você nunca resolveu nada pra mim,
mas vou te dar o crédito mais uma vez. Vou fazer com você igual eu fiz com o
Marconi Perillo. Cansei de dar dinheiro para o Marconi através do Jayme
Rincón", afirmou
O delator
Ricardo Saud contou por que a JBS pagava tanta gente, sem direcionar a partido
A ou B, sem preocupações ideológicas. Ele disse que a política da empresa era
fazer "reservatório de boa vontade", ou seja, doações mesmo sem
contrapartida prévia.
Fonte: O
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