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Candidatos denunciam supostas fraudes em concurso da PM de Goiás



Candidatos que fizeram o concurso público da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) no último domingo (15) denunciam supostas irregularidades no exame. Eles dizem que alguns concorrentes entraram nas salas com telefone celular, o que era proibido pelo edital. Há ainda, segundo os postulantes, suspeitas de cola e falhas nos cadernos de provas.

Três pessoas já registraram denúncia no MP por falta de fiscalização.  Circulam nas redes sociais fotos que teriam sido tiradas de dentro das salas, mostrando um cartão de respostas em branco junto com uma folha de redação. Os dois documentos não podem ser levados para casa pelos candidatos.

Quase 35 mil pessoas fizeram a seleção. Uma delas foi o auditor Carlos Alexandre Sousa Júnior, em Goiânia. Ele afirma ter estranhado porque nenhum candidato passou por revista ou detectores de metal que até viu uma pessoa colando no banheiro.

"A pessoa poderia adentrar com um celular no bolso já que não houve revista, poderia falar que não levou, o fiscal não tem como saber e acredita que a pessoa guardou tudo", revela.

Já a vendedora Adrielly Modesto, que fez o concurso em Uruaçu, região norte do estado,  diz que algumas questões tinha a resposta certa sublinhada. Ela conta que percebeu um erro de impressão no caderno de provas, alegando que a capa trazia tipo "A", mas as folhas seguintes vinham com a inscrição do tipo "B".

Ela está com receio de que o problema se reflita em sua nota. "Quando eles forem corrigir o nosso gabarito vai estar tudo errado. Vão corrigir como A e nossa prova era a B", lamenta.

À TV Anhanguera, a Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan), que promoveu o concurso, disse que nenhuma reclamação foi registrada. O órgão vai aguardar a manifestação das entidades competentes.

Também à TV Anhanguera, a Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio) disse que as provas foram rigorosamente aplicadas dentro das normas de segurança e transparência e que os técnicos da Segplan, além de policiais militares, civis e federais acompanharam e fiscalizaram as provas em todas as cidades. Afirmou ainda que o candidato que se sentir prejudicado pode entrar com um recurso para que ele seja analisado todo e qualquer questionamento.

Provas

Os exames foram aplicados entre 13h e 18h em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, cidade de Goiás, Luziânia, Itumbiara, Iporá, Rio Verde, Catalão, Uruaçu, Formosa e Águas Lindas de Goiás.

De acordo com a Segplan, em Goiânia são 10.677 candidatos homens e 3.250 mulheres. A relação de candidato por vaga ficou em 14 por vaga masculina e 40 por vaga feminina. Já no interior são 20.910 candidatos que se inscreveram para disputar as 1,6 mil vagas distribuídas em 16 cidades.

Depois das provas objetivas e discursivas, que são aplicadas neste domingo, os candidatos serão submetidos a avaliações física, médica, psicológica, de vida pregressa e investigação social.

No próximo dia 29 serão aplicadas as provas para o cargo de cadete da PM, que tem 6.992 inscritos para 80 vagas. Os salários são de R$ 1,5 mil para soldado e R$ 5,4 mil para cadete. Ambas funções têm carga horária de 42 horas semanais.



Fonte: G1

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