domingo, 29 de janeiro de 2017

São Domingos/GO: Parque Estadual de Terra Ronca abriga um dos maiores complexos de cavernas da América Latina




A 485 km de Brasília, o município goiano de São Domingos é a principal porta de entrada para o Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR), uma área de 57 mil hectares, considerada uma dos maiores concentrações de cavernas da América Latina e um dos destinos deste tipo mais respeitados do planeta.

A área protegida, com corredores subterrâneos formados há 600 milhões de anos, abriga 200 cavernas secas e outras 60 molhadas, cujo acesso exige cruzar rios interiores que rasgam a escuridão.

Dentro do parque, apenas 17 grutas estão abertas para visitação. E isso já é suficiente para vivenciar uma das experiências cênicas mais impactantes do Brasil. Só para ter a dimensão, o PETeR abriga sete das 30 maiores cavernas do País, com extensões que ultrapassam mais de 14km de canais interligados.

A formação rochosa que dá nome ao parque está a 50 km de São Domingos e tem números grandiosos. Sua entrada, uma das maiores bocas naturais de caverna no Brasil, tem 96m de altura - o mesmo que um prédio de 36 andares - e 120m de largura - equivalente ao comprimento de um campo de futebol.

O local é acessado por uma trilha breve, com rochas de calcário e árvores típicas do Cerrado, como gameleiras. Cortada pelo Rio da Lapa, cuja transposição é obrigatória em alguns trechos, a caverna de Terra Ronca abriga salões iluminados naturalmente e outros mais profundos, que exigem o uso de luz artificial.

A 8 km dali, a caverna São Bernardo 2 faz o nível da adrenalina subir. Com 2km de extensão e dona de um dos cenários mais impactantes de um complexo de três grutas, o local tem boca de 40m de diâmetro com acesso por uma dolina, como são chamadas as depressões formadas pela infiltração de água ou pelo desmoronamento do teto de uma caverna.

Passada a etapa da descida íngreme a 45º até o interior da São Bernardo, o visitante ainda precisa cruzar um rio pouco convidativo (tanto por sua velocidade quanto pela baixa temperatura), caminhar com água até a cintura e se equilibrar entre rochas para atravessar áreas mais perigosas. Tudo isso sob total escuridão: a única luz vem do capacete de cada um dos visitantes.

Os destaques dali são o encontro das águas dos rios São Bernardo e Palmeira, dentro da própria caverna, e o Salão de Pérolas, onde repousa uma espécie de ninho de pedras brancas arredondadas, que dão nome ao local.

Já a Lapa da Angélica, com pouco mais de 14km de extensão, é a mais extensa de todo o parque e é uma das dez maiores do Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Cavernas, divulgado pela Sociedade Brasileira de Espeleologia.

Ainda que seja uma das atrações de fácil acesso, essa caverna é exigente, sobretudo com quem não está acostumado a andar em terrenos escorregadios e de teto baixo. Em certos trechos, é necessário o uso de cordas.

A Angélica é conhecida pela grande quantidade de salões naturais e cortinas, com estalactites e estalagmites milenares de formas surreais.

Essa e todas as outras cavernas da região de Terra Ronca ainda são ilustres desconhecidas do viajante brasileiro com alma mais aventureira. Inclusive entre os próprios goianos, que ainda veem o destino como um paraíso distante e exótico. E olha que Goiás está entre os cinco estados com o maior número de cavernas do País: são 718, para ser mais exato, segundo o Cadastro de Cavernas do Brasil.

Fonte: UOL

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