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Desafio de ‘Bike’ Brasília a Divinópolis, relato de um Guerreiro




Foi como ganhar a final de um campeonato; fazer um gol; assistir as vitórias do Senna; ver o Guga ser campeão em Roland Garros; o Brasil ser campeão em 94; foi como abraçar seu filho numa intensidade sem tamanho; essas foram algumas das emoções sentidas quando terminei a última subida após a ponte do rio Bonito e avistei alguns "moleques" de bike vindo em minha direção, era uma distância bem pequena entre nós, mas demorou uma eternidade até nos encontrarmos.

Foi sensacional, eles ficavam olhando, pareciam estar olhando outra pessoa e não eu. Cumprimentei cada um deles com um aperto de mão, até que um deles falou: "eu já vi esse cara aqui em Divinópolis", sorri, depois falei quem eu era, eles ficaram muito admirados, eram muitas perguntas que eles faziam e fui respondendo cada uma delas...

Mas antes disso, vamos falar como foi, desde o início:

29/11/2018, às 5h, saindo do Colorado. Este era o cronograma inicial, mas a meu pedido saimos de Planaltina, no início da BR-020, já era 5h46 quando subimos nas bikes e começamos o pedal. A primeira parada foi na pamonharia perto de Formosa onde tomamos um café.

 Seguimos com rápidas paradas no Bezerra e JK e o almoço foi no Posto de combustível logo após a cidade de Vila Boa. Almoçamos e ficamos 60min deitados, recuperando as energias, pois já havíamos girado 126km. Terminado o descanso, montamos e saímos, alguns metros depois o Rone percebeu que meu pneu estava furado, trocamos a câmara e colamos a outra.

Partirmos já era mais de 14h, paramos depois de uns 30km rodados pra tomar água, isotônico e comer umas frutas, às 16h45 entramos em Santa Maria, onde dormimos o primeiro dia. O primeiro dia foi muito bom, fizemos média de 25,6km/h marcados no garmin, e rodamos um total de 180km.

No segundo dia, resolvemos sair um pouco mais tarde, às 7h, e esse foi nosso primeiro erro, pois o sol castigou muito, e após Alvorada do Norte foi o pico de minhas forças, meu psicológico foi a mil, subir a Serra depois de Alvorada foi, sem dúvidas, a parte mais desgastante, 6km de subida onde levei muito tempo pra vencê-la, após o término da subida tive que ficar mais um bom tempo recuperando as forças.

A essas alturas a previsão de almoçar em Água Quente foi por água abaixo, e tivemos que almoçar em Rodovilandia, era 12h e pouco, pedimos um frango caipira, macarrão, arroz, feijão e uma salada, muito bonito o almoço, mas eu não conseguia saborear aquele banquete, coloquei arroz, macarrão, um pouco do caldo, um pedaço do peito e tentei engolir, comi porque era necessário, mas tudo era amargo ao meu paladar... descansamos por 60min e partimos, giramos até Água Quente onde tomando o melhor banho de todos os tempos, aquele rio revigora qualquer matéria que precise de forças. Seguimos até o Posto Rosário, ao terminar a subida do Rosário começou uma chuva.

No terceiro dia, saímos como o planejado, às 5h já estávamos girando. Rone sempre batendo na tecla, "devemos começar girar as 5h, pois quando o sol esquentar, vai começar a ventar" e esse foi nosso segundo erro rsrs, pois as 5h quando começamos, já ventava muito forte, seguimos com Rone puxando o pedal, o plano era pedalar até o  posto São Pedro, calculamos uns 40km do Rosário ao São Pedro, onde faríamos a última parada antes de descer a Serra Geral, esse foi nosso terceiro erro, do Rosário ao São Pedro foram 50km, 49 pra ser mais preciso, parecia não chegar mais o bendito posto.

O vento nos castigou muito no terceiro dia, Rone fez um excelente trabalho de equipe. Descemos a Serra Geral, essa foi à parte mais bonita e cheia de energia positiva do pedal, chegando perto de São Domingos começou a chover.

Jaimilton queria entrar em São Domingos, sua cidade natal, mas eu já estava nas últimas, meu giro estava mais baixo que eles, foi quando falei pra eles passarem lá, e eu seguiria girando devagar e assim fizemos, fui girando nas subidas e descidas entre São Domingos e Divinópolis até chegar naquela parte em que conto no início deste relato.

Após isso, foi uma recepção triunfal na entrada de Divinópolis, com os parentes e amigos nos aguardando e muito fogos, após uma parada na igreja matriz pra agradecer a Deus, fizemos uma volta ciclística na cidade e fomos almoçar no Clube Monjolo.

Por Generino Júnior






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