O advogado
Edimundo da Silva Borges Júnior, está foragido. Ele é réu na operação Caifás,
que descobriu um esquema de desvio de verbas de R$ 2 milhões na Igreja Católica
Apostólica Romana em Formosa (GO) e também é investigado na Operação Mãos à
Obra, que apura irregularidades detectadas em contratos na Câmara Municipal de
Planaltina de Goiás. O defensor é ex-procurador jurídico do órgão.
O Ministério
Público de Goiás deflagrou a quarta fase da Operação Mãos à Obra na madrugada
da última sexta-feira (7/12). O caso está a cargo da 4ª Promotoria de
Planaltina de Goiás, coordenada pelo promotor Rafael Simonetti.
O MPGO e a
Polícia Civil de Goiás cumpriram um mandado de prisão temporária contra
Edimundo, e outro preventivo contra Fábio José de Souza Rodrigues, ex-gestor de
Contratos da Câmara Municipal de Planaltina de Goiás. As forças de segurança
também cumpriram outros dois mandados de busca e apreensão.
Segundo
informações da comunicação do MPGO, Fábio já tinha sido alvo de um mandado de
prisão temporária na última semana, em Formosa, na terceira fase da Mãos à
Obra. Na casa do suspeito, promotores e policiais encontraram mais de 100
cheques guardados em diversos cômodos. Ele também é investigado por outras infrações cometidas na
Câmara Municipal de Planaltina.
Fábio é
suspeito de aquisição de bens e contratação de serviços de forma fraudulenta.
Investigadores acreditam que ele e não
poderia ter cometido as irregularidades sem a ajuda de Edimundo, que seria o
responsável pela adulteração de procedimentos ilegais para evitar processos
administrativos ou judiciais.
Trabalhos intensos
Nas
investigações, o promotor Rafael Simonetti tem ajuda do Centro de Inteligência
do MP-GO. Participam dos trabalhos, ainda outros três promotores de Justiça,
dois delegados e de 11 agentes da Polícia Civil de Goiás.
Simonetti
deflagrou a Operação Mãos À Obra no começo de novembro. A primeira fase
culminou na prisão do então prefeito da cidade, André Luiz Magalhães (PRB),
mais conhecido como Pastor André, que, na época dos crimes, era presidente da
Câmara de Planaltina. O político e religioso é suspeito de fraudar contratações
de empresas e superfaturar obras, além de desviar recursos do erário.
Empresários e servidores da Câmara de Planaltina também foram presos.
A segunda
fase da ação aconteceu na última semana, com o cumprimento de mandados de busca
e apreensão na sede da Câmara Municipal. Na terceira fase, o MP detectou que o
ex-gestor de Contratos da Câmara de Planaltina utilizou-se de ligações com o
servidor do Banco do Brasil para descontar cheques da Câmara, com fraude no
endosso para sacar dinheiro em espécie e repasse de uma porcentagem para o
gerente.
Operação Caifás
Deflagrada
em 19 de março, a Operação Caifás, a cargo do Ministério Público do Estado de
Goiás, investiga 11 pessoas por desvios de mais de R$ 2 milhões dos cofres da
Igreja Católica. A suspeita é de que eles tenham adquirido propriedades,
veículos e joias com dinheiro faturado de casamentos, batizados e eventos
promovidos pelas paróquias. O então bispo de Formosa, dom José Ronaldo Ribeiro,
é apontado como líder do esquema. Ele renunciou ao cargo meses após o início
das investigações.
Edimundo era
advogado da Diocese de Formosa e a suspeita é de que ele participasse do
esquema criminoso. Ele responde por falsidade ideológica e associação
criminosa.
Fonte: Correio Web
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