Alguns
seguidores do médium João de Deus, acusado de abusar sexualmente de mulheres no
centro espírita que mantém em Abadiânia (GO) desde a década de 1970, têm
demonstrado extrema insatisfação com a presença de jornalistas na cidade.
Para muitos
deles, a cobertura da imprensa sobre o caso é responsável pela destruição do
trabalho em que acreditam. Com raiva, alguns chegam a agredir e a gritar
ofensas, desejando o mal aos profissionais.
"Estão
vendo o que vocês estão fazendo? Vocês estão tentando acabar com trabalho de
amor, caridade e humildade. Não é justo. Vocês vão pagar por isso", disse uma
fiel, nesta quinta-feira (13/12), ao entrar na Casa Dom Inácio de Loyola. Pela
manhã, o movimento na cidade era bem menor que o habitual.
"Vocês terão câncer"
Na
quarta-feira (12/12), dia em que João de Deus visitou o lugar, a hostilidade
foi ainda maior. No momento da chegada do médium, os jornalistas foram
agredidos com socos e até mordidas. Uma das seguidoras, foi enfática:
"Vocês terão câncer e voltarão todos aqui para se curar. Você se
arrependerão do que estão fazendo".
"Ele
foi embora porque não teve condições de incorporar. Ele está medicado e precisa
de momentos de paz e tranquilidade para realizar o trabalho espiritual.
Esperamos que, na parte da tarde, ele consiga se restabeler e voltar a atender
normalmente", disse
Segundo
Cláudio Prujar, voluntário da Casa Dom Inácio que ficou responsável por atender
a imprensa, lamentou a ração de alguns dos fiéis. "Lamentamos o que
aconteceu, não é de nosso costume, mas foi uma situação que saiu do
controle", comentou.
O Ministério
Público de Goiás pediu a prisão preventiva de João de Deus, que nega
veementemente as acusações feitas contra ele.
Fonte: Correio Web
Comentários
Postar um comentário