Operação Metástase investiga morte de paciente com câncer que teve prescrição inadequada de quimioterapia
Após a
deflagração da Operação Metástase, o secretário de Segurança Pública, Rodney
Miranda, disse que a morte do paciente que teve prescrição e aplicação
inadequada de tratamento quimioterápico pode ser considerada homicídio.
Entre as
fraudes, a polícia identificou que uma das ações do grupo foi a prescrição e
aplicação de tratamento quimioterápico inadequado com objetivo de angariar
vantagem indevida – irregularidade materializada no caso do paciente Alexandre
Francisco de Abreu, que morreu devido à medicação desnecessária.
“Isso não é
dolo eventual, é dolo direto. Se o médico sabe que o medicamento não fará
efeito e reduzirá a sobrevida, esse dolo é direto”, afirmou o secretário, que
acrescenta: “Esse é o primeiro caso documentado, nada impede que novos sejam
encontrados”.
De acordo
com o delegado Luiz Gonzaga, auditores vinculados ao Ingoh trabalhavam como
médicos e ao mesmo tempo auditavam pelo Ipasgo. Ou seja, era o Ingoh
fiscalizando a si próprio.
“O próprio
presidente recebeu honorário sem trabalhar no Ingoh, mas esses honorários ele
já está pagando, porque reconheceu o erro dele”, acrescentou.
Segundo o
delegado, os envolvidos podem responder por peculato, participação em
organização criminosa, lavagem de capitais e homicídio.
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