Imbuído de
uma nova perspectiva de gestão, o Governo Federal, no ensejo de atender de modo
mais assertivo as demandas da população, tem buscado descentralizar as decisões
e aumentar a autonomia de Estados e municípios na aplicação de recursos
federais. Isso explica a grande expectativa na última segunda-feira, dia 17, no
lançamento oficial do Destrava, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia,
com a presença do governador Ronaldo Caiado e do presidente do STF e CNJ,
ministro Dias Toffoli, dentre outros.
A solenidade
foi prestigiada pelos prefeitos e representantes dos 47 municípios goianos que
serão contemplados com investimentos superiores a R$ 66 milhões, para a
conclusão de 56 creches em todo o Estado de Goiás.
Os números
acendem o otimismo dos planaltinenses, segundo conta Eles Reis de Freitas,
prefeito do município que integra a Região Integrada de Desenvolvimento do
Distrito Federal e Entorno (Ride). “As expectativas são as melhores possíveis,
pois esta iniciativa fará com que reiniciemos obras que estão paradas no
município, que não são poucas.” Além das creches, conforme aponta Eles, a
cidade carece urgentemente do recapeamento do asfalto, mas que já recebeu sinal
positivo de Caiado para a breve retomada dos trabalhos. “É uma obra muito
importante, que ficou pela metade, mas que, inclusive, ele sinalizou que vai
recomeçar. Caiado é um homem de palavra, de compromisso, e isso já nos
tranquiliza.”
Por meio da
atuação integrada entre os órgãos de controle e Poder Judiciário, o programa
objetiva a retomada de 14 mil obras paralisadas por todo o País, no valor de
mais de R$ 200 bilhões. No projeto piloto que está sendo realizado em Goiás,
com previsão de ser concluído ainda neste semestre de 2020, o primeiro passo é
a criação de um comitê gestor. Essa primeira frente de trabalho será voltada a
obras de creches e de suporte à educação infantil.
Só na cidade
de Porangatu, no Norte do Estado, três creches estão por terminar. “Além do
aporte financeiro inicialmente previsto já não ser mais suficiente para a
conclusão dos projetos, nosso município, assim como praticamente todos os
demais, estão, hoje, impossibilitados financeiramente de dar continuidade aos
trabalhos”, explica o prefeito Pedro João Fernandes. “O Destrava será de
fundamental importância para que essas obras sejam realmente terminadas,
concluídas, e, com certeza, irá beneficiar as nossas crianças e a população de
Goiás e, automaticamente, do Brasil”, aposta o gestor.
Também na região
do Entorno do Distrito Federal, o município de Padre Bernardo, com 33.835 mil
habitantes, poderá enfim concluir duas quadras, duas creches e uma escola. “A
gente espera é que, de fato, destrave essas obras”, afirma o prefeito Francisco
de Moura Teixeira Filho. “Temos uma carência muito grande de creche para
crianças. Uma obra parada significa um prejuízo muito grande, pois as pessoas
começam a invadir. Estamos ainda mantendo essas obras sob a nossa vigilância
com tranquilidade. Mas o trabalho que foi feito acaba deteriorando ao longo do
tempo e temos que refazer serviços. Isso é ruim”, frisa.
Neilton
Ferreira de Ozeda, prefeito de Vicentinópolis, a 177 quilômetros da capital,
lembra que ao assumir o mandato, deparou-se com duas obras paralisadas: a quadra
de esportes da Escola Irene Cândida, com recurso federal, e a construção de um
Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), no setor Camilo de Matos.
“Iniciamos a gestão em 2017 com todas as obras paralisadas; só tinham feito os
alicerces. A quadra, nós praticamente finalizamos, mas o CMEI ainda tem muito
que fazer. À época continuamos com a mesma empreiteira, mas por falta de
recursos, ela pediu desistência do contrato”, conta. Uma nova empreiteira foi
já licitada e deu autorização para início de obras na semana passada. “Estamos
só aguardando esse dinheiro chegar, porque o nosso município necessita muito
desse CMEI, e o povo está muito ansioso pelo término”, pontua Neilton.
Em
Amorinópolis, a cerca de 250 quilômetros de Goiânia, a espera pela creche durava
já oito anos. É o que relata o prefeito Silvio Isac de Souza. “A obra foi
parada em 2012 e passou um mandato inteiro sem um andamento sequer”, afirma.
Sílvio pontua que a creche, naturalmente, atende em especial às crianças, mas
que o município será beneficiado como um todo, pois também gera mais empregos.
“Precisamos muito deste recurso, pois nossa cidade é bem pequena e não tem
renda própria. Todo mundo é sabedor que essa crise atingiu a cidade.”
Para o
vice-prefeito de Águas Lindas de Goiás, Luiz Alberto Jiribita, cujo município
também será contemplado neste projeto piloto, a postura republicana de Caiado
para com os municípios fez mais uma vez a diferença. “É uma parceria que tem
sido muito boa. Com apenas 24 anos, Águas Lindas já tem a mesma população que
tem Luziânia, com 280 anos. Então, é muito difícil para o Estado acompanhar e
atender a população. Mas assim que ele [Caiado] ganhou as eleições já visitou
nosso município. Já nos prometeu retomar as obras do hospital, bem como
escolas. Garantiu o término do quarto turno – o “turno da fome”,
disponibilizando equipamentos e novas salas de aula na cidade. Então, essa
parceria é muito importante e tem fluído muito bem”, concluiu.
Secretaria de
Comunicação – Governo de Goiás
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