A Secretaria
Estadual de Saúde (SES) divulgou, nesta quarta-feira (18), um alerta sobre a
volta da circulação do sorotipo 2 da dengue em Goiás. De acordo com o órgão,
dos mais de 34 mil casos da doença registrados este ano, 81% foram
identificados como do tipo 2, caso mais grave do vírus, que, segundo a
secretaria, não circulava no estado desde 2008.
Segundo o
coordenador de ações estratégicas em dengue do órgão, Murilo do Carmo Silva, o
reaparecimento do tipo do vírus proporciona um grande risco de epidemia e deve
mobilizar o poder público no combate aos criadouros do Aedes aegypti, mosquito
transmissor da doença.
"Os
sintomas do tipo 2 são os mesmos dos demais, mas o agravamento dos infectados,
na maioria dos casos, gera as hospitalizações mais graves, devido ao alto nível
de virulência. A gente precisa reforçar o cuidado, eliminar a presença do
mosquito em Goiás", afirmou.
De acordo
com a secretaria, 29 pessoas morreram este ano por conta da dengue, a maioria
das mortes ocasionaras pelo tipo 2. Por conta do reaparecimento do sorotipo
mais grave da doença, a Secretaria relançou, nesta manhã, a operação
"Goias contra o Aedes", para combater o Aedes aegypyi, mosquito
transmissor da doença.
A ação, que
tem parceria com o Corpo de Bombeiros, estava marcada para começar em novembro,
mas foi antecipada e deve visitar imóveis em todas as regiões do estado.
"Nós
tememos o aparecimento de casos mais graves da doença, por conta da aproximação
do período chuvoso. Então vamos visitar estes imóveis desde já, antes da chuva,
para prevenir o aparecimento de criadouros. Além disto, estamos também
preparando as unidades de saúde em todo o estado para, caso haja necessidade,
estejam preparadas para receber pacientes sob suspeita da doença. Nós não
pretendemos abaixar a guarda de forma alguma ", destacou.
Em 2017,
mais de 17 milhões de imóveis foram visitados por agentes de combate e controle
de endemias e bombeiros militares. De acordo com o major Antônio Moura a
operação continuará com o reforço da corporação nas visitas.
"Atuamos
desde o planejamento, até na execução das visitas domiciliares. Ajudamos na
logística, disponibilizando veículos para levar agentes na zona rural, nas
visitas, nos municípios em que o número de agentes é insuficiente e também na
conscientização. Todas as residências são visitadas, no mínimo, uma vez por
mês, que é o dobro do que prevê o Ministério da Saúde", afirmou.
Fonte: G1
Comentários
Postar um comentário