O número de
incêndios detectados pelo Corpo de Bombeiros em Goiás entre janeiro e julho
deste ano somam 4.070 ocorrências, número 32% maior ao do mesmo período do ano
passado: 3.084 registros do tipo. Julho costuma representar o pico do fogo no
Estado, entretanto, agosto e setembro apresentam quantidades elevadas próximas
às do sétimo mês do ano.
Para
minimizar o problema, uma das ações realizadas pelo Estado é a construção de
aceiros, faixas abertas nas áreas verdes para impedir que o fogo se propague em
espaços maiores. A primeira unidade de conservação a receber o serviço é o no
Parque Altamiro de Moura Pacheco (Peamp), que tem área de 4.964 hectares e é
cortado pela Rodovia BR-060 e está inserido nos municípios de Goianápolis,
Nerópolis e Goiânia. O local tem focos de incêndios todos os anos, por isto foi
escolhido para o início deste trabalho.
A
implantação dos aceiros faz parte de um o trabalho preventivo da Secretaria de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) que também inclui treinamentos
para os agentes envolvidos no combate ao fogo. Devem ser contempladas 23
unidades de conversação em Goiás. A primeira formação, a exemplo dos aceiros, é
realizada no Parque Altamiro de Moura Pacheco. O curso é feito em parceria com
a organização não governamental (ONG) Aliança da Terra e Serviço Florestal
Americano. Estão participando mais de 20 pessoas, que se dividem entre
servidores da Semad, da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Goiânia e
empresas e fazendas da região.
De acordo
com o membro da ONG, Isafas Balke, os aceiros, inclusos na formação, podem ser
feitos de diversas formas. “Pode ser através do uso de enxadas, assopradores,
rastelos, máquinas e até fogo. Além disso, eles servem como um meio de acesso
aos incêndios para apagá-los mais rápido. São muito eficazes”, explica.
Marcelo
Pacheco, coordenador do Peamp, explica que é necessário que as pessoas recobrem
a atenção neste período de seca. “É preciso que as pessoas evitem colocar fogo
em pastos próximos às regiões de preservação. Além disto, fogueiras dentro dos
parques também são muito perigosas”, enfatiza Pacheco.
Segundo o
coordenador, estes programas de controle e prevenção aos incêndios são
importantes para que não se repitam episódios como o de 2017, quando 3.750
hectares foram destruídos. “Quase 50% do parque foi queimado.”
De acordo
com o gerente de Unidades de Conservação da Semad, Caio César Neves Sousa, o
principal intuito do treinamento é capacitar pessoas que podem replicar as
técnicas. “Nós já começamos a fazer os aceiros do Parque, mas, por exemplo,
quem está aqui fazendo o curso vai ter a oportunidade de ver e ajudar a fazer
um.
A próxima
formação está marcada para o Parque de Conservação da Serra dos Pirineus e
inicia no próximo sábado (10).
Fonte: O
Popular
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