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Empresário leva família para explorar cavernas em São Domingos/GO



O empresário Marcus Vinícius de Lira Todeschini levou a família para fazer uma atividade pouco convencional, a espeleologia, que é a exploração de cavernas.

Marcos contou que tem experiência com a atividade, mas que a família nunca havia encarado a aventura. Ele fez diversas viagens como essa e tem outra programada para a Bolívia, mas dessa vez só com os amigos mais experientes.

Sobre a viagem que fez com a esposa Raquel e os filhos Davi (11) e Laura (10), Marcus destacou trechos do passeio,  hospedagem, e muitas aventuras. “Fiz uma viagem até um parque espeliológico que eu costumava explorar quando era mais jovem, onde existe mais de 300 cavernas mapeadas, formações geológicas únicas encontradas lá. Como sempre fui apaixonado por esse lugar resolvi levar minha família para conhecer o local. A espeleologia é a principal atividade do Parque Terra Ronca, localizado em São Domingos de Goiás, no nordeste do Estado, quase na divisa com a Bahia”, disse.

“Existem roteiros bem tranqüilos onde é possível levar inclusive as crianças e foi o que eu fiz, levei minha esposa e meus filhos, que na época tinham 9 e 10 anos. Eles ficaram encantados com as cavernas, a vegetação do local, que é uma área de transição do cerrado para a caatinga, uma área um pouco árida. Também gostaram muito da paisagem dos espeleotemas, que são formações rochosas, alguns com mais de 40 metros de altura dentro do chão a uma grande profundidade, mas com acesso bastante facilitado”, completou o empresário, que ressaltou o fato de não ser um lugar com requintes, mas que atrai justamente pelo contato com a natureza.

O passeio exige acompanhamento de guias.

“Não é um ambiente muito hospitaleiro, é bastante úmido, mas não é quente, mantém uma temperatura interna estável. O acesso é um pouco complicado, mas os guias acompanham, principalmente quem não tem experiência com essa atividade que envolver certos riscos. Os guitas são pessoas capacitadas, que conhecem bem o local, têm conhecimento de técnicas de resgate, de acesso a resgate. Com todo o preparo e planejamento é acessível para qualquer pessoa”, afirmou.

Marcus explicou as regras que devem ser seguidas dentro de um parque ecológico que não está preparado para sofrer a ação humana de degradação.

“Nesse local especificamente estamos dentro de um Parque Estadual, onde temos o dever de obedecer diversas premissas de conservação e preservação. A conservação existe em locais de acesso controlado e a preservação torna o lugar intangível, ninguém pode chegar lá. O lugar tem características extremamente intrínsecas e muito frágeis, não estão preparados para receber atividades turísticas”, disse.

O empresário explicou que as pessoas que preferem o mínimo de conforto podem abrir mão de montar suas barracas e se hospedar em uma das pousadas.

“É um local rústico, existe uma estrutura dentro do permitido que conta com uma pousada com relativo conforto já que as pessoas que buscam esse tipo de atividade estão preparadas para acampar, ter que fazer sua própria comida. Mas é possível encontrar pousadas até com ar condicionado. A comida é simples e o atrativo lá é a natureza”, afirmou.

“O acesso ao local é feito de carro, a cidade estruturada mais próxima é o município de Posse, entre Brasília e Barreiras, seria uma das últimas cidades no norte de Goiás. De Posse segue-se para Guarani e de lá para São Domingos, nessa estrada o turista passa na Boca de Terra Ronca, que é a entrada da caverna com mais de 120 metros de altura”, disse Marcus, que explicou as características específicas de cada uma das três cavernas exploradas por sua família.

“Visitamos três cavernas, sendo elas São Bernardo, Terra Ronca e São Vicente. Terra Ronca é a caverna de mais fácil acesso, mas nem por isso deixa de ter suas exclusividades. As cavernas são cavidades naturais que no nosso país especificamente são formadas por insurgência e ressurgência de água. É um processo geológico que escava alguns tipos de rochas que são hidrossolúveis. Esse processo erosivo aconteceu há muitos anos e em algumas partes da caverna o teto desaba, formando clareiras e outras cavernas. Mas a entrada da caverna de Terra Ronca é uma das características preponderantes do local”, contou.

“A Lapa de São Bernardo é uma caverna com acesso também facilitado, com entrada bem plana. Algumas cavernas, diferente dessas que visitamos, têm entradas bem complicadas, pequenos buracos pelos quais o turista nem imagina a grandiosidade do que tem lá dentro. A vantagem de São Bernardo é para quem não tem muita experiência e nem condicionamento físico muito desenvolvido para esse tipo de atividade, que exige muitas vezes andar dentro da água, abaixar-se com freqüência.

O outro atrativo de São Bernardo, além do fácil acesso, são as formações tipo cortina, formadas por depósito de calcário, de cor predominantemente esbranquiçada e forma uma espécie de labirinto, e são rochas de timbre metálico”, ressaltou Marcus.

“A Lapa de São Vicente tem alguns espeleotemas logo na entrada, que são as estalactites, que são as formações rochosas que vêm do teto, as estalagmites que vêm do chão. É possível ter acesso a alguns bons exemplares de espeleotemas logo na entrada. Para essa atividade é preciso ter disposição, experiência prévia não é necessária. Hoje em dia existem diversos recursos como GPS e outros de localização possibilitando que a pessoa consiga facilmente chegar lá. Particularmente, recomendo o guia Ramiro, que tem fama internacional como guia de cavernas, tem uma vivência muito grande, acompanhou diversas expedições científicas e vários grupos de pessoas. Ele tem todo o material e equipamento. O turista só precisa ter disposição, um tênis velho e vontade de conhecer coisas fantásticas”, afirmou o empresário, que destacou ainda o fato de ser um passeio acessível.

“É um passeio super acessível, as pousadas têm custo de R$ 40 a R$ 50 por pessoa por dia, com refeição inclusa, café da manhã, almoço ou jantar, dependendo da atividade e do horário que a pessoa voltar para a pousada. Uma família gasta entre R$ 2 mil e R$ 3 mil com a viagem para passar até quatro dias”, disse.

“Tem um ditado que diz que em uma caverna nada se tira a não ser fotos e nada se deixa a não ser pegadas. E essas lembranças permanecem para sempre. Tem que estar disposto a se entregar mesmo para a natureza, a atividade demanda algum tipo de cuidado, mas não é nada tão agressivo quanto parece. Tem que ir preparado para se desligar do mundo, se desconectar das outras coisas e se conectar só com a natureza”, concluiu Marcus Vinícius de Lira Todeschini.



Fonte: O Diário

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