quarta-feira, 15 de abril de 2015

Congresso investiga abuso sexual de calungas em Cavalcante/GO.



As Comissões de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que trata da violência contra jovens negros e pobres vai investigar casos de abuso sexual de crianças e adolescentes calungas.

reportagem descobriu em investigações que começaram em janeiro que o Conselho Tutelar de Cavalcante, no Nordeste goiano, registra, em média, por mês, cinco denúncias de abuso sexual infantil. A maioria das vítimas é calunga e, por causa de ameaças, vive sob a lei da mordaça. Até um vereador da cidade é suspeito de abusar de outra criança. O estupro de vulnerável é o crime mais comum na cidade, confirma o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

Parlamentares, autoridades federais do Poder Executivo e do Ministério Público Federal (MPF) vão fazer diligências, na próxima segunda-feira, em Cavalcante, a 510 quilômetros de Goiânia, para colher mais informações sobre a denúncia.

Após a publicação da reportagem, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do vereador Jorge Cheim, como divulgado no dia 7 de abril. Ele é suspeito de abusar de uma das vítimas em um dos casos mais recentes na cidade, mas nega o crime. O parlamentar é primo do marido da promotora de Justiça Úrsula Catarina Fernandes Siqueira Pinto, a única representante do MP-GO no muncípio. Ela atua na cidade há 18 anos.

O presidente da CDHM, deputado Paulo Pimenta, é um dos que vão integrar a comitiva que vai fazer diviligências em Cavalcante. A proposta, conforme divulgado no site da Câmara dos Deputados, é ouvir autoridades locais e familiares de crianças e adolescentes da comunidade Kalunga vítimas de exploração sexual. Além de visitas individuais a famílias de vítimas, a CDHM realizará audiência pública na sede do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), também na segunda-feira, às 14 horas, para colher mais informações sobre as denúncias.

Entre as atribuições da CDHM está a proteção dos direitos das pessoas vulneráveis. Após as diligências, a Comissão poderá requerer a participação de outros órgãos federais e estaduais para agir na garantia dos direitos humanos das vítimas, além da abertura de inquéritos para apurar responsabilidades pelas gravíssimas violações, caso sejam comprovadas.

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) diz que vai se reunir com a Defensoria Pública da União (DPU), para também tomar providências de esclarecimento dos casos e para que as vítimas não fiquem mais desamparadas. Fontes ouvidas pelo POPULAR alegaram que, após a publicação da reportagem, passaram a receber ameaça de morte.

Fonte: O Popular

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