A Polícia
Civil montou uma força-tarefa para tentar cumprir sete mandados de prisão
contra suspeitos de cometer estupros contra menores em Cavalcante.
De acordo com o delegado Diogo Luiz Barreira,
os crimes ocorrem entre 2008 e 2010. Na cidade, vivem cerca de 8 mil kalungas,
que são descendentes de quilombolas. Abusos cometidos contra crianças desta
comunidade também são investigados.
"Não
sei precisar se há ou não vítimas kalungas nesses casos. São crimes muito
antigos. A informação que recebemos, inclusive, é que um dos suspeitos já até
morreu", disse Barreira. Segundo o delegado, até a noite de quarta-feira
(29), nenhum procurado ainda havia sido preso.
Os grandes
número de casos de abuso contra menores kalunga na cidade motivaram a
realização de uma audiência pública para discutir os casos.
No último
dia 20, membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados se reuniram no município para colher informações sobre os crimes.
Além disso,
uma decisão da Justiça divulgada na sexta-feira (24) condenou um jovem a 12
anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo estupro de uma criança kalunga
de 8 anos, que era sua enteada. Ele também terá que indenizar a vítima em R$ 20
mil. Cabe recurso.
Avanços
Para tentar
resolver os casos de abusos, várias entidades estão tomando medidas
emergenciais. A Polícia Civil já mandou uma caminhonete traçada para o
município para que os agentes cheguem às comunidades mais isoladas. Além disso,
uma escrivã e mais um agente irão atuar no local.
O Tribunal
de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) vai encaminhar uma equipe com psicólogos
e assistentes sociais que atuarão no auxílio às vítimas. Um juiz corregedor
também acompanha o andamento dos processos.
Já o
Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) fez um levantamento de todos os
processos para saber o que já foi feito e quais encaminhamentos serão tomados
nos processos parados.
Fonte: G1
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