São Domingos/GO: Agrodefesa e MP proíbem abates de açougueiros, Estado vira as costas e situação é calamitosa
Por Dinomar
Miranda,
É delicada a
situação dos produtores rurais e pequenos açougueiros de São Domingos e de
Divinópolis de Goiás, nordeste do estado.
Segundo um
dos produtores, depois da proibição por parte do Ministério Público e da
Agrodefesa de Goiás de abater gados, nada foi feito em prol da zona rural.
Os
produtores ficaram à espera de uma solução por parte das instituições
envolvidas e nenhuma ação foi concretizada.
Na
realidade, a fiscalização proibiu o abate artesanal e o Estado virou as costas
para centenas de produtores rurais.
"Como
nada foi resolvido, os pequenos produtores estão abatendo os animais e
comercializando como podem.
Imagine meu
amigo. Se as condições eram precárias, agora chegamos ao cúmulo.
Sem um
ambiente adequado, o gado é abatido e comercializado de uma forma mais que
primitiva.
Precisamos
de uma resposta urgente por parte das autoridades, afinal está na zona rural a
maior concentração da população.
Todos os
açougueiros da zona rural estão de acordo em cumprir a lei, rigorosamente,
inclusive já procuraram o MP e Agrodefesa, que até agora não deram um norte
pera real situação", afirma o leitor.
Ainda
segundo o produtor, o serviço prometido pelas autoridades sanitárias e pelo
Estado precisa ser oferecido de forma urgente, pois essa nova prática, de abate
primitivo, tem ganhado força a cada dia.
Acordo foi
feito há quase um mês
Há quase um
mês, o Ministério Público de Goiás firmou acordo com os comerciantes e donos de
açougues dos municípios de São Domingos e Divinópolis de Goiás para que
comercializem somente carne inspecionada, que atenda a padrões e normas
fitossanitárias.
As medidas
entrou em vigor após a Semana Santa, prazo em que deveriam ser feitas as
adequações.
Segundo o
MP, até que fossem concluídas as obras do abatedouro municipal de Divinópolis
de Goiás, quando então os pequenos produtores da região poderão abater o gado
produzido em suas propriedades de acordo com as normas da Vigilância Sanitária,
os comerciantes deverão adquirir a carne a ser comercializada diretamente de
frigorífico devidamente autorizado.
Mas até
agora, sequer os produtores rurais receberam qualquer indicação de início das
obras do novo abatedouro.
"E
pior, pequenos produtores que não têm acesso ao mercado fora de ambos os
municípios já não sabem mais o que fazer e burlam o acordo com o MP,
simplesmente para sobreviverem", afirma o leitor.
Os acordos
foram assinados após reuniões realizadas no dia 24 de março, na sede da
Promotoria de Justiça de São Domingos, com a presença de comerciantes,
autoridades locais, açougueiros e o proprietário do frigorífico que fornecerá
provisoriamente a carne inspecionada, situado no município de Posse.
Ficou decidido
ainda que a Agrodefesa, a Vigilância Sanitária e a Polícia Civil, junto com o
Ministério Público, desenvolverão uma proposta de fiscalização permanente para
coibir o comércio clandestino.
Na
oportunidade, o promotor de Justiça Douglas Chegury disse que serão realizadas
campanhas educativas nas escolas e na comunidade em geral, para esclarecer aos
consumidores sobre a importância de se consumir apenas carnes com procedência,
visando evitar graves doenças como a brucelose e a cisticercose.
Douglas Chegury
esclareceu que a busca de solução para o problema do abate clandestino e o
consumo de carne não fiscalizada é uma das metas do Plano Geral de Atuação do
Ministério Público.
Segundo ele,
as medidas adotadas de agora em diante representarão um ganho para a saúde
pública dos consumidores da região, que terão a certeza de consumir uma carne
mais saudável.
Fonte: Blog
Dinomar Miranda
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