Em termos de
governo de Estado, o PMDB perdeu cinco eleições seguidas para a aliança PSDB-PP
em Goiás. Os motivos principais são a falta de sintonia com as ruas, a falta de
percepção de que Goiás se modernizou e as críticas estreitas àquilo que os
governos tucanos fizeram.
A crítica peemedebista está sempre a um ou
dois passos atrasados em relação ao que se fez. A crítica não é, portanto,
precisa e perceptiva e os eleitores percebem isto com extrema facilidade.
No lugar de
apresentar ideias — consubstanciadas em propostas e projetos — para contrapor
ao projeto dominante, e que possibilitaria aos eleitores fazer uma comparação
independente, o PMDB insiste tão-somente com a crítica negativa, não
alternativa.
Faz a oposição pela oposição, sem um
pensamento estratégico definido. As pílulas que serão veiculadas no rádio e na
tevê neste mês, no horário gratuito do TRE, vão se concentrar em ataques
diretos ao governo do tucano Marconi Perillo.
A crítica é sempre válida, pois contribui para
a sociedade avançar, mas o que os eleitores cobram mesmo é uma alternativa
factível, não meramente politiqueira.
Se continuar
com o mesmo discurso, repetindo o que não funciona desde 1998, o PMDB de Iris
Rezende, Pedro Chaves e Daniel Vilela tende a perder mais uma eleição em 2018.
Pode-se
dizer que, em linhas gerais, o PMDB de 2016 tem a cara do PMDB de 1998. A cara
do perdedor nato, do velho, do ranço político. Por quê? Porque não entende nem
o político nem o gestor Marconi Perillo e mesmo a expansão econômica do Estado
ocorrida na última década e meia.
Em suma, o
que o PMDB diz não é o que os eleitores pensam — ao menos de 1998 a 2014, como
comprovam os resultados das urnas. O partido não lidera, está sempre aquém do
que pensa a sociedade.
Fonte: Opção
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