A
força-tarefa que apura os crimes dos quais Lázaro Barbosa é suspeito e também
indiciado tenta identificar se as ações dele têm alguma relação com conflitos
fundiários e disputas de terras na região de Cocalzinho de Goiás.
O foragido,
suspeito de matar cinco pessoas em Goiás e Distrito Federal, morreu em
confronto com a polícia após 20 dias de fuga.
“Temos uma
linha de investigação muito forte de que ele era uma espécie de jagunço, um
segurança, um cobrador, um membro de uma quadrilha que tinha interesse
patrimonial”, explicou”, explicou o secretário Rodney Miranda.
O secretário
de Segurança Pública, Rodney Miranda, explicou que a morte de Lázaro Barbosa
não encerra todas as investigações. "São 30 crimes que são de autoria
confirmada dele. Temos oito em aberto, já com todos os indícios que foi ele que
cometeu", disse.
Agora, os
investigadores vão tentar identificar se Lázaro cometia crimes com a ajuda de
algum comparsa ou a mando de alguém. O secretário disse que uma das
possibilidades é que os atos do homem seriam para facilitar a aquisição de
terras por parte de algumas pessoas.
“Ou baratear
ou expulsar proprietários, pessoas mais humildes, para a quadrilha poder se
apropriar da terra. [Ou para comprar a um preço mais barato] Ou começar a
produzir incorporar no seu patrimônio sem o processo de compra necessário
nesses casos”, disse.
A morte de
Lázaro, na última segunda-feira (28) não era o desfecho esperado pela
Secretaria de Segurança Pública. As equipes queriam prendê-lo vivo para que
outros crimes fossem desvendados com mais rapidez.
“Desde o
início eu falei que a gente queria capturá-lo, até porque a gente já sabia da
rede criminosa, então seria importante ouvi-lo para saber quem são os coautores
dos crimes dele, quem mandou, o porquê, a motivação”, disse o secretário.
Miranda
apontou que a principal dificuldade para capturar Lázaro foi o fato de
existirem pessoas que ajudavam o foragido. Nela poderiam estar envolvidas
pessoas que teriam interesse nesses conflitos de terra na região.
Além disso,
Lázaro teria ajuda não só para proteção, mas para cometer os crimes. Entre os
casos listados pelo secretário dos quais haveria mais de um autor está a
chacina de uma família em Ceilândia.
“Nós
montamos uma pequena força-tarefa em Águas Lindas de Goiás para tentar
desvendar esses crimes e trazer toda trajetória criminosa desse Lázaro. Ele nos
parece uma ponta visível no iceberg”, contou Miranda.
Fonte: G1
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