O foragido
da polícia e suspeito de cometer ao menos sete crimes na região do Entorno do
Distrito Federal (DF), entre eles uma chacina de uma família em Ceilândia (DF),
Lázaro Barbosa, de 32 anos, teria criado, no último dia 18 deste mês um perfil
nas redes sociais ao utilizar um celular roubado.
O fugitivo utilizou
o nome Patrik Sousa no Instagram e no Facebook e a suspeita é que ele cadastrou
o usuário falso para monitorar as notícias sobre as ações policiais em sua
busca.
No perfil da
rede de fotos, o usuário que seria Lázaro, além do nome Patrik Sousa, colocou
também emojis de arma, bomba e faca.
A foto
utilizada é de um helicóptero militar e rodeado de símbolos dos batalhões e
comandos especiais da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Abaixo, ainda
haveria a frase "As buscas não param. Breve estará nas mãos da polícia.
Não volta em viatura, volta com o IML". O perfil é fechado e não tem
qualquer publicação.
Até às 17h50
deste sábado (26), o usuário seguia 20 outros usuários e tinha 38 seguidores. A
informação sobre o perfil ser ligado ao foragido veio a partir de policiais que
participam da força-tarefa em busca de Lázaro e surgiu com o rastreamento do
celular de uma das vítimas dele. No último dia 15, ele invadiu uma fazenda na
região de Cocalzinho (GO) e levou como reféns três vítimas, entre elas uma
adolescente que enviou mensagem aos policiais quando Lázaro abordou os
familiares.
Às 18h28,
porém, o número de seguidores do perfil apontado como sendo de Lázaro passou a
ter 733 seguidores, o que demonstra que a conta continua ativa. O usuário passou
a ter o perfil aberto. Entre os perfis que ele segue estão jornais e portais de
notícias goianos, incluindo O Popular, e do Distrito Federal, televisões e
rádios de Goiás e de Brasília, e apresentadores de televisão e radialistas de
Goiás e de São Paulo.
O fugitivo
teria roubado o aparelho mesmo com a libertação dos três reféns após uma troca
de tiros com militares em uma mata na região, que passou a ser monitorado. O
trabalho verificou a criação do perfil três dias depois da ação, mas não há
confirmação de que Lázaro permaneceu com o celular. Já no Facebook, o perfil
tem apenas uma amiga, que é uma adolescente de Cocalzinho. Ela não é
investigada pelos policiais.
Padaria
Na noite de
sexta-feira (25), duas trabalhadoras de uma padaria do distrito de Girassol, em
Cocalzinho, denunciaram à força-tarefa de que um homem pediu salgadinhos no
estabelecimento e, segundo contaram, há suspeitas de que seria Lázaro. À TV
Anhanguera, uma das atendentes contou que o homem percebeu que foi reconhecido,
jogou os salgadinhos para cima e fugiu no sentido da mata próximo ao local. A
denúncia é investigada pelos policiais, mas a informação é de que seria pouco
provável que Lázaro tenha ido até a cidade.
Outra ação
que vem sendo investigada é de que o foragido teria deixado uma mochila com
roupa e cobertor e uma carta em uma residência de Águas Lindas, município do
Entorno do DF próximo a Cocalzinho. Na carta, escrita à mão, supostamente Lázaro
conta o motivo de ter cometido crimes e porque não teria se entregado à
polícia. No entanto, previamente, os policiais relataram que o documento não
parecia ter a mesma grafia de Lázaro, mas ainda não há resultado efetivo da
perícia sobre os materiais.
Neste sábado
(26), as operações da força-tarefa foram reduzidas nas estradas marginais que
ligam as rodovias do entorno de Cocalzinho e tiveram maior foco nas buscas na
mata densa próxima à chácara de Emil Caetano Evangelista, de 74 anos, que foi
preso na quinta-feira (24) suspeito de ajudar Lázaro em sua fuga, o mantendo na
sede da propriedade rural. Ele continua preso.
Já o caseiro
Alain Reis de Santana, 33, foi solto na sexta-feira (25) após audiência de
custódia em que o Poder Judiciário entendeu que ele apenas cumpria as
determinações de Emil. Santana confessou em depoimento à polícia que Lázaro
esteve na chácara por pelo menos 5 dias.
Fonte: O Popular
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