O Nordeste
goiano está prestes a receber uma grande obra do Governo de Goiás, aguardada há
mais de 40 anos pela população local. O presidente da Agência Goiana de
Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, recebeu o projeto
executivo de engenharia para a pavimentação da GO-110, entre Iaciara e o
povoado de Estiva, das mãos dos representantes do setor produtivo, na sede da
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), na tarde desta
segunda-feira (14/06).
Na ocasião,
o gestor agradeceu às lideranças representativas e políticas pelo investimento
de R$ 767,6 mil do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás
(Fundepec-Goiás) no documento, que elimina etapas fundamentais de um processo
burocrático que, na esfera estatal, pode demorar anos, passando de um governo
para outro. “Agora, não precisamos de mais do que 20 a 40 dias para concluirmos
a análise feita pelos nossos profissionais e, na sequência, já partirmos para a
publicação do edital”, projetou.
Sales
enfatizou que essa colaboração representa um ganho de tempo precioso. “Se
fôssemos fazer uma licitação para o projeto a partir da agência mesmo,
esperaríamos, mais ou menos, três meses para esboçar a rodovia”, explicou. E
reforçou: “por aqui, não é preciso obedecer ao prazo legal de uma concorrência
pública, o que fortalece esse compromisso inadiável com todos os que acreditam
na realização desse sonho”.
O presidente
da Faeg, José Mário Schreiner, destacou que não há dúvidas sobre o poder de
transformação, de quebra de paradigmas, de um projeto como esse. “Isso nos
proporciona uma sensação de pertencimento, um sentimento de que essa obra está
saindo porque nós também depositamos a nossa parcela de contribuição”, disse,
considerando revolucionária a nova atitude gerencial implantada pelo governador
Ronaldo Caiado, que faz a sua parte e, ao mesmo tempo, dá espaço para a
participação efetiva da população.
Vantagens
O diretor de
Planejamento da Goinfra, Riumar dos Santos, vislumbra a concretização do
benefício, que, inicialmente, vai totalizar 50 quilômetros em sentido
longitudinal, representando um avanço muito amplo para a região, que é
naturalmente rica, mas tem muitas necessidades. “Uma obra como essa fomenta não
só as atividades que se desenvolvem ali, mas atrai novos investimentos em áreas
de potencial crescente como o agronegócio, o turismo e o comércio”, observou.
De imediato,
contou ele, a presença das frentes de serviço gera importante movimentação
econômica, com a absorção da mão-de-obra das cidades vizinhas e de insumos
específicos para esse tipo de trabalho, como brita, areia, cimento, cal, entre
outros. “Sem contar o consumo de combustível, que é alto, e a utilização
regular do comércio daquela área, como restaurantes, pousadas e lanchonetes,
por exemplo. O processo de desenvolvimento começa com o emprego chegando às
famílias”, pontuou. Entre os municípios diretamente beneficiados estão São
Domingos, Iaciara, Nova Roma, Guarani, Posse, Alvorada, Divinópolis, Monte
Alegre e Campos Belos.
O diretor
ressaltou ainda que uma rodovia dessa dimensão influencia positivamente até na
qualidade do tráfego de estruturas já implantadas, como é o caso da GO-118, uma
construção longitudinal da década de 1980, que tem extensão de mais 300
quilômetros e se tornou um corredor altamente movimentado pelo transporte de
cargas e passageiros.
“A parceria
com a Faeg representa, portanto, um incentivo à produção de commodities agrícolas
— como soja, milho e algodão, que, hoje, dispõem de tecnologia bastante
avançada — e de gêneros alimentícios para abastecer a capital federal”,
apontou, lembrando que as plantações ainda podem ser assistidas pela riqueza
hídrica da região, o que facilita muito o estabelecimento desses negócios.
Fonte: Goinfra
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