Em Porangatu-GO, Caiado assina termo de convênio entre Estação Experimental da Emater e Embrapa destinado a pesquisas científicas
Investimento
soma R$ 1,5 milhão. Unidade da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão
Rural, e Pesquisa Agropecuária desenvolve estudos sobre aumento da
produtividade da mandioca. “Essa instituição ficou esquecida em Goiás e nosso
governo dá todo apoio para que ela realmente resgate a importância que tem”,
afirma governador, que também conheceu instalações da indústria Olfar S/A
Alimento e Energia, que produz 37 mil litros de biodiesel por hora
O governador
Ronaldo Caiado conheceu, nesta quinta-feira (17/06), as instalações da Estação
Experimental da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural, e
Pesquisa Agropecuária (Emater), em Porangatu. No local é desenvolvido um
programa de melhoramento genético da mandioca. “Essa instituição ficou
esquecida em Goiás, as pessoas não acreditavam que ela pudesse sobreviver. O
nosso governo dá todo apoio para que ela realmente resgate a importância que
tem”, afirmou.
Na unidade,
o governador assinou um termo de convênio entre a Estação Experimental da
Emater e a Embrapa. A parceria terá duração de cinco anos e será investido R$
1,5 milhão em pesquisas científicas. “Apoiamos a pesquisa para que, no futuro,
tenhamos maior produtividade, com a preservação do meio ambiente e alimento na
mesa do povo brasileiro”, projetou Caiado.
A pesquisa,
realizada com a espécie Manihot esculenta, busca garantir variedades mais
produtivas e que sejam adaptadas às condições de plantio das regiões Norte e
Nordeste. A meta é compartilhar a tecnologia com os agricultores familiares
goianos, a fim de alavancar a produção. “Nós queremos que essas tecnologias que
desenvolvemos aqui possam chegar nas cadeias produtivas da agricultura familiar
para que eles tenham melhoria de renda, produtividade e qualidade de vida”,
afirmou o presidente da Emater, Pedro Leonardo.
A unidade da
Emater em Porangatu é uma das sete no Estado voltadas para pesquisas.
Atualmente, segundo a agência, a produtividade média da mandioca é de 12
toneladas por hectare. Com as pesquisas, a meta é atingir 50 toneladas por
hectare, um aumento significativo na produtividade de quem trabalha na
agricultura familiar. “Acreditamos que vamos apresentar resultados ao produtor
num curto espaço de tempo”, afirmou o agrônomo da Emater, Ivanildo Ramalho do
Nascimento.
O projeto é
responsável pela manutenção de uma coleção de 20 genótipos de mandiocas,
obtidos através de coletas nas principais áreas de plantio do Estado.
Cultivados na Estação Experimental, os genótipos são avaliados para que os mais
produtivos sejam utilizados como progenitores. A partir daí, o cruzamento
genético permite o aparecimento das novas combinações, compostas pelas
variedades que a pesquisa espera resultar.
A Emater de
Porangatu também trabalha com pesquisas voltadas para o aumento da
produtividade de outras cultivares. Entre elas, a banana resistente ao
Mal-do-Panamá, que é um fungo do solo, e o arroz de terras altas.
De acordo
com Vagner Alves Silva, agrônomo da Agência, o clima da região tem motivado
parte dos estudos. “Em relação à temperatura, a região Norte é totalmente
diferente de outras regiões produtivas, como o Sudoeste e Sul de Goiás. Temos
trabalhado, no caso do arroz, para produzir uma variedade que fuja do período
de veranico que tanto derruba os produtores dessa cultura”, explicou.
Indústria
de Biocombustíveis
Na
sequência, Caiado e comitiva conheceram a indústria Olfar S/A Alimento e
Energia, localizada às margens da BR-153, na zona rural de Porangatu. Há cerca
de um ano, um acordo firmado pelo Governo de Goiás junto à empresa concedeu
incentivos fiscais diferenciados, focados em potencializar a produção e a
contratação de mão de obra nas regiões mais vulneráveis do Estado. O local
produz biodiesel e óleo de soja bruto. “É Goiás plantando tecnologia no extremo
Norte do Estado e abastecendo o Brasil todo”, celebrou o governador.
Com a
parceria, a Olfar passou a integrar o programa voltado para a instalação de
indústrias em municípios considerados prioritários, como é o caso desse
município. A iniciativa atrai empresas para se instalarem nas regiões mais
vulneráveis, segundo o Índice Multidimensional de Carência das Famílias Goiás
(IMCF). O Norte e Nordeste goianos, além do Entorno do Distrito Federal,
integram o projeto.
A indústria
produz 37 mil litros de biodiesel por hora, cerca de 700 mil litros por dia.
Segundo o gerente da usina, Samoel Chiapett, a empresa quer aumentar a
produtividade. “Nós temos a capacidade de triplicar nossa produção. Podemos
chegar a 1,8 milhões de litros diariamente”, projetou.
Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás
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