Como todo
mundo sabe, os chefes políticos negociam o voto popular com os candidatos eleitorais.
Mais claramente, os senhores prefeitos. Para bem dizer, ou fazer-lhe a justiça,
o povo, mesmo, passado a eleição, não tem direito a mais nada.
Estou
falando, está visto, das eleições para o governo do estado, deputado e senador,
querendo dizer que, quem ganha eleição quem tem maior poder de compra de
prefeitos, que são os donos dos chamados currais eleitorais.
E sabe-se de onde vem o dinheiro para a barganha,
e que os patrocinadores de campanhas políticas não o fazem pelos belos olhos do
candidato – há por trás disso o clássico toma lá, dá cá.
Não é
preciso maior esforço de inteligência para verificar, nesse jogo, o acerto de
conveniências, de lado a lado, do que resulta às claras a corrupção que vai
minando, aos poucos e muitos, a vitalidade orgânica do nosso país.
Está certo
que tudo isso existe em função da mentalidade do nosso povo, mas aí se trata de
um fenômeno social a parte, que fica para o aprofundamento da coisa.
Se estas já
são desprovidas do mais mínimo senso crítico, também pela fome crônica, ou mais
por isso, tanto mais do candidato, sob a batuta das prefeituras compradas. O
cenário vem de longe, e terá duração, vê-se bem, até que se mude a mentalidade
coletiva. E isto não se dá da noite para o dia, coisa é, creio eu, que entre
nós se distancia para um futuro remoto.
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