O projeto
Caravana da Cidadania, idealizado e realizado pelos promotores de Justiça do
Nordeste goiano com o Ministério Público Federal, visitou comunidades e colheu
depoimentos de moradores da comunidade quilombola calunga e dos cidadãos dos
municípios da região.
Entre os
dias 1º e 5 de dezembro, os promotores de Justiça Úrsula Catarina (Cavalcante),
Paulo Brondi (Campos Belos), Douglas Chegury (São Domingos) e Diego Braga
(Posse) e o procurador da República Onésio Amaral percorreram grande parte do
território calunga promovendo audiências públicas e encontros informais com a
comunidade.
As
atividades tinham início diariamente às 6 horas, com deslocamentos em regiões
de difícil acesso, onde obras inacabadas, projetos abandonados e queixas
recorrentes de ausência do Estado foram relatadas aos membros do Ministério
Público. No entanto, iniciativas, práticas e projetos exitosos também foram
conhecidos pelo grupo.
No último
dia da caravana foi visitado o assentamento do Incra existente nos municípios
de São Domingos e Divinópolis de Goiás.
Durante audiência pública realizada no local,
os assentados puderam narrar as dificuldades vivenciadas diariamente, desde a
ausência de água encanada e de luz elétrica, até problemas com o transporte
escolar, falta de merenda, precariedade de estradas e desvios de recursos.
No encontro,
o procurador Onésio Amaral assumiu o compromisso de dar encaminhamento
prioritário a todas as demandas dirigidas à procuradoria. Ele também fez
questão de acentuar a importância da mobilização popular e da união dos
assentados para a melhoria das condições de vida do assentamento, e acrescentou
que os promotores de Justiça são também os olhos, ouvidos e as mãos da
procuradoria na região, distante mais de 500 quilômetros.
O promotor
de Justiça Douglas Chegury colocou à disposição do MPF a estrutura, o tempo e a
atuação da Promotoria de Justiça de São Domingos para que, juntas, as
instituições trabalhem pelo resgate da cidadania e da dignidade dos assentados
do assentamento Marco Correia Lins, e na concretização de seus direitos
fundamentais.
Fonte: MPGO
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