Nos últimos
quatro anos, o Estado de Goiás tem se mantido na dianteira da evolução
econômica nacional, mesmo diante de um cenário macroeconômico com fortes
indícios de retração.
Dados consolidados do Produto Interno Bruto
(PIB) referentes a 2011 comprovam seu crescimento acima da média nacional.
Enquanto o Brasil totalizava a produção de riquezas no patamar de R$ 4,143
trilhões, correspondendo a um crescimento de 2,7%, Goiás encerrava 2011
atingindo a soma de R$ 111,269 bilhões, o que representou um avanço de 6,7% na
somatória de riquezas produzidas, um crescimento 4% superior ao nacional.
Segundo
estimativas do Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Estatística (IMB/Segplan),
o PIB goiano em 2012 deve ser consolidado em um patamar de aumento de 3,7%,
enquanto o nacional tende a ficar por volta de 1%. Em 2013, calcula-se que o
crescimento goiano fique em torno dos 3,9%, enquanto o País tenha alcançado
2,5%; e a previsão para 2014 é que Goiás encerre o ano com crescimento de 2%,
enquanto o Brasil deve amargar 0,5% de avanço na geração de riquezas.
Mas o que
fez Goiás continuar avançando a níveis superiores ao do restante do País? A
resposta a essa pergunta está contida em um plano de governo adotado por
Marconi Perillo em seu terceiro mandato. Ao se deparar com um quadro de
escassez de recursos e áreas carentes de investimentos, Marconi comandou a
elaboração do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI), onde foram
definidas as áreas estratégicas de investimento e quais fontes de recursos que
seriam aplicadas em cada uma delas. Em seu escopo foi previsto o montante de R$
46 bilhões em investimentos até 2014, em projetos que levassem o selo de
prioridade do programa nas seguintes áreas: social, econômica, infraestrutural,
desenvolvimento regional, gestão e comunicação/institucional.
Além disso,
foi determinado que os projetos que levassem tal selo de prioridade ganhariam
maior celeridade na sua execução. Para isso, foram reduzidos os procedimentos
burocráticos, por meio da reformulação de normas, decretos e legislações
voltadas a propiciar agilidade aos processos de alto interesse da administração
pública estadual. Segundo cálculos do IMB/Segplan, as ações contempladas no
programa estratégico devem ser responsáveis por um incremento de 3,5% no PIB
goiano ao ano, permitindo a criação de 230 mil postos de trabalho e ampliando a
média anual de investimentos privados para cerca de R$ 10 bilhões. Este
desempenho permitiu a Goiás se manter na nona posição do ranking das maiores
economias brasileiras.
Ao se
analisar a evolução do PIB goiano nos últimos anos é possível notar que a
consolidação da economia goiana está amparada na diversificação da
agroindústria, da indústria de transformação, e no bom desempenho do comércio e
do setor de serviços. A atração de indústrias para abastecer as cadeias
produtivas de automóveis e da indústria química de medicamentos também foi
preponderante para garantir o pleno desenvolvimento do cenário goiano.
Situado em
uma região de forte apelo ao agronegócio e à pecuária, Goiás tem buscado
fortalecer o segmento agrícola, sem se esquecer de estimular a modernização e
diversificação de seu parque industrial, ao focar na atração de novas empresas
para incrementar o setor industrial e de serviços, que são os grandes geradores
de postos de trabalho. E tais cadeias produtivas só foram mantidas,
principalmente, pelos incentivos fiscais oferecidos pelo governo.
Polo de
convergência de novos negócios
Com o
traçado das suas prioridades em mãos, o Governo foi em busca de investidores
privados interessados em estabelecer parcerias que pudessem contribuir com o
seu projeto de desenvolvimento pleno e sustentável. Uma das formas de se
estimular a captação de investimentos para o Estado é o oferecimento de
recursos a título de financiamento disponibilizados pelo Fundo Constitucional
do Centro-Oeste (FCO), administrado pelo Ministério da Integração Nacional,
Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste e Banco do Brasil. Com
juros atrativos e um longo período de carência, os recursos do FCO representam
um forte atrativo para geração de novos negócios. Atualmente, a taxa cobrada é
de até 6,75% ao ano, o que o torna um dos recursos mais atrativos disponíveis
no mercado. Nos últimos três anos, 2011 a 2013, foram revertidos R$ 5.982
bilhões nas áreas rural e industrial. Ao todo, foram realizadas 81.936
operações de crédito capitalizadas pelo Fundo.
Outro forte
argumento capaz de redirecionar os investimentos de uma empresa para o Estado
de Goiás é a política de incentivos fiscais contida no programa
Produzir/Fomentar, conduzido pela Secretaria de Indústria e Comércio. Além de
representar uma segurança jurídica ao empresário que escolhe o Centro-Oeste
para potencializar seus negócios, o programa ainda o torna mais vantajoso ao
financiar grande parte dos impostos referentes ao ICMS recolhido aos cofres
estaduais.
Para
garantir que os benefícios concedidos pelo Produzir não sejam alterados foi
aprovada a lei 18.360, de 30 de dezembro de 2013, que estende de 2020 para 2040
o prazo de vigência do programa. E ainda foi promulgada a lei 18.307, de 30 de
dezembro de 2013, que contempla as regiões Nordeste e Oeste do Estado com
isenção de 98% do ICMS para empresas contempladas. Nas demais regiões, esse
percentual é de 73%. Conforme explica o analista do Produzir Reinaldo Jubé, a
medida visa tornar as duas regiões mais carentes de investimentos, em polos
atrativos de geração de riquezas, emprego e renda. “A readequação do programa
com a aprovação da recente lei já tem permitido colher importantes resultados,
como a ida de uma indústria de pivôs agrícolas para a região Nordeste do Estado
e uma de produtos alimentícios congelados para a região Oeste. Ambos protocolos
de intenções assinados no último mês de setembro”, declara.
Segundo
levantamentos da Secretaria de Indústria e Comércio, nos últimos quatro anos o
Produzir foi responsável por contemplar 343 projetos de expansão ou de
inauguração de novas plantas industriais. Tais empresas reverteram ao Estado
investimentos na casa dos R$ 4,8 bilhões, contribuindo para a criação de 28.010
novos postos de trabalho. “O benefício oferecido é determinante para a vinda de
empresas para o Estado. No entanto, a posição geográfica privilegiada que
coloca Goiás no centro do País, próximo aos principais centros de consumo das
demais regiões, também é preponderante na hora de se optar pelo aporte em
terras goianas”, esclarece o analista.
Crescimento
com solidez
Contando com
ambiente propício para geração de novos negócios e estrategicamente posicionado
para a sua distribuição em escala nacional, Goiás tem conseguido manter o seu
índice de crescimento industrial ascendente, contrastando com o cenário
nacional de pleno desaquecimento e descrédito. Em 2010, a produção industrial
goiana cresceu 17,1%, enquanto no total nacional avançou-se 10,5%. No ano
seguinte, a margem de crescimento goiano ficou em 6,02% enquanto o restante do
País evoluiu 0,3%. Já em 2012, enquanto o índice nacional decretava um déficit
de 2,7%, a produção industrial goiana avançava 3,8%. E em 2013 – último índice
divulgado – Goiás atingiu a margem de 5% enquanto o Brasil ficou em 1,2%.
Para garantir
o escoamento da produção de forma ágil e mais eficaz, o atual governo também
investiu maciçamente na construção, reconstrução e duplicação da sua malha
viária, criando um Fundo de Investimentos próprio para financiar tais obras.
Segundo cálculos da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop),
responsável pela sua execução, R$ 1,8 bilhão foram revertidos para a
reconstrução de cinco mil quilômetros de estradas; R$ 4,5 bilhões para a
construção de 2,5 mil quilômetros de novas vias e R$ 587 milhões para a
manutenção de 20 mil quilômetros de rodovias.
Devido à sua
posição estratégica, a cidade de Anápolis foi eleita como principal polo
logístico do Estado e recebeu nos últimos anos R$ 800 milhões em investimentos
voltados para ampliar a sua capacidade aeroportuária, com a construção do
Aeroporto de Cargas, que será diretamente beneficiado com os trâmites
aduaneiros realizados pelo Porto Seco local. O início das operações da Ferrovia
Norte Sul, que corta Anápolis também proporciona um novo modal de transporte
para escoamento da produção. O entroncamento da BR 153 que liga o Estado ao
Sudeste e Norte do País e a construção do maior e mais moderno Centro de
Convenções da Região Centro-Oeste tem permitido à cidade consolidar as
operações promissoras do seu Distrito Agroindustrial (Daia).
Fonte: Goiás Agora
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