A Câmara de
Vereadores de Cavalcante, no nordeste de Goiás, extinguiu nesta sexta-feira
(12) o mandato de João Pereira da Silva Neto (PTC), que ocupava o cargo de
prefeito, devido ao então administrador se ausentar por mais de 15 dias da
cidade sem a autorização dos vereadores.
Após a
decisão, a Casa empossou a vice-prefeita, Maria Celeste Cavalcante Alves (PSD).
De acordo com a defesa do político que perdeu o mandato, ele irá recorrer da
decisão.
A legislação
municipal determina que o prefeito não pode se ausentar por mais de 15 dias sem
ter a autorização da Câmara. Entretanto, segundo a prefeita empossada nessa
tarde, Maria Celeste, João Neto deixava o município constantemente e por longos
períodos, o que a motivou a entrar com uma representação, no último dia 25,
contra o então administrador.
“A cidade está abandonada. Isso é um
desrespeito com a população. Eu fiz essa representação pelo clamor popular. O
prefeito some e hospitais e escolas não funcionam, nossos fornecedores não
conseguem receber, porque o prefeito nunca é encontrado para fazer os
pagamentos”, relatou Maria Celeste. Ainda segundo a prefeita empossada, um dos
motivos da ausência de João Neto é o comércio que possuiu em Aparecida de
Goiânia: “Ele passa mais tempo lá cuidando dos negócios dele do que em
Cavalcante”.
O advogado
Reginaldo Martins, que representa o prefeito destituído, afirma que João Neto
está sendo vítima de uma retaliação política por parte dos vereadores. “Em
2013, João Neto sofreu uma tentativa de extorsão por parte de alguns vereadores
que exigiam R$ 250 mil para aprovar matérias de interesse do município. Ele
filmou e fez uma denúncia criminal contra os vereadores. Desde então ele sofre
essa retalhação”, explicou.
Ainda
segundo o defensor, existem provas de que João Neto estava no município durante
todo tempo e jamais se ausentou por mais de 15 dias de Cavalcante.
Sobre a
acusação de que administraria um comércio em Aparecida de Goiânia, o advogado
explica que, na realidade, a gestão do estabelecimento é feita por familiares
do político. Martins afirma que já está preparando um pedido de recurso para
derrubar a decisão dos vereadores.
Fonte: G1
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