O Instituto
Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão
e Planejamento (IMB/Segplan) elaborou estudo com o objetivo de compreender a
realidade dos idosos em Goiás.
No trabalho, esse grupo populacional é formado
por pessoas acima de 64 anos de idade considerando sua heterogeneidade
socioespacial.
O objetivo
do estudo do IMB/Segplan é oferecer subsídios às ações e políticas públicas que
contemplem distintas realidades e, assim, garantir melhor qualidade de vida
para os idosos goianos.
Nesse sentido, são analisadas questões como a
feminização da velhice, o quadro educacional e de trabalho, as causas de mortes
e as condições de moradias dos idosos. Além disso, foi feita a espacialização
de alguns dados pelas microrregiões do Estado.
A transição
demográfica desencadeada pela diminuição da mortalidade e da natalidade a
partir da década de 1950 possibilitou a alteração da composição populacional.
Nesse cenário, houve o aumento da longevidade e a consequente elevação do
número de pessoas com 65 anos ou mais. O envelhecimento da população
brasileira, portanto, é algo real e que seguirá em constância por um longo
período. Essa constatação do trabalho é corroborada por dados da IBGE (Censo
Demográfico e Pnad), além das projeções populacionais do IMB.
Idosos
Os idosos no
Estado de Goiás eram 2% da população em 1970 e passam para mais de 6% em 2010.
O crescimento da participação desse grupo deve continuar nas próximas décadas,
com estimativa de alcançar 11,4% em 2030. O aumento dos idosos e a redução da
fecundidade feminina resultarão num acelerado processo de envelhecimento da
população, sendo que haverá em 2030 mais de 65 idosos para 100 crianças.
Os
pesquisadores do IMB/Segplan destacam a feminilização da velhice. Em Goiás, no
ano de 2010 as mulheres representavam 52,4% dos idosos e elas serão 55% em
2030. A participação das idosas aumenta na medida em que a idade avança: em
2010 elas, por exemplo, eram 58% daqueles com 90 anos ou mais e serão 61% em
2030.
Outra
questão trazida pelo estudo diz respeito à morte dos idosos. Os falecimentos
estão concentrados em apenas três tipos de doenças, havendo diferenças
regionais no Estado das causas de mortes desse grupo populacional. A
compreensão das diversas dimensões que envolvem os idosos permite o
enfrentamento da realidade de forma a não considerar a velhice como algo
penoso, mas como uma possibilidade de ganhos sociais.
Fonte: Goiás Agora
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