quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

José Eliton é o nome para 2018?



O governador Marconi Perillo (PSDB), ao anunciar seu vice José Eliton (PP) como o futuro "supersecretário" de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Agricultura, atende um dos principais partidos aliados na sua nova equipe, mesmo que o indicado seja alguém que já tem cargo relevante no governo (a vice-governadoria), e tenta pacificar a resistência liderada pelo deputado Roberto Balestra, mas apoiada por lideranças ruralistas, contra o fim da Secretaria da Agricultura que, pela reforma administrativa, se tornará uma superintendência executiva.

Além disso, qual segmento empresarial ou de Anápolis vai questionar o vice na principal secretaria econômica do governo? Por ora, pelo menos, nenhum.

O próprio governador admitiu hoje que antecipou este anúncio por conta de pressões. A primeira pergunta na coletiva, após o anúncio, fizemos para Marconi Perillo se ele acredita que, com a nomeação de José Eliton, estaria pacificada a questão interna no PP. "Esta responsabilidade é do presidente estadual do partido", respondeu. Ou seja: do próprio Eliton.

As demais pressões, de segmentos empresariais ou de Anápolis (que sempre indicou os secretários da Indústria e Comércio nos governos de Marconi), o tucano tentará resolver com as nomeações para as subsecretarias (ou superintendências executivas, como estes cargos serão chamados) e demais cargos de chefia na supersecretaria. Apesar do enxugamento, ainda existirão muitos a serem preenchidos.

Outro componente político no anúncio hoje de Marconi é sobre sua própria sucessão em 2018. O tucano estaria cacifando o vice José Eliton para a próxima eleição estadual? Sim e depende. O governador enfatizou que Secretaria de Desenvolvimento Econômico representará praticamente 100% do PIB goiano. E deu a meta para o vice pepista: tornar a economia de Goiás a oitava maior do País. Hoje é a nona. Mas lembrou que esta missão terá de ser cumprida num quadro pouco otimista para a economia brasileira, em que as previsões são de estagnação ou baixíssimo crescimento do PIB nacional para até 2016.

"O supersecretário terá de ser um caixeiro viajante. Só de feiras agropecuárias são cerca de 300 por ano em Goiás", disse Marconi, apontando que Eliton terá de viajar (e trabalhar) muito pelo Estado e pelo País a partir do próximo ano. "Eu nunca perdi um investimento privado para Goiás quando procurado pelos empresários", enfatizou em seguida o governador. Para bom entendedor...

Ou seja: Eliton ganhou, sim, estrutura para trabalhar seu projeto político e pessoal de suceder Marconi. Fora a possibilidade de assumir o governo em abril de 2018. Mas não é garantia de apoio futuro de Marconi. Isto vai depender do pepista cumprir as missões econômica e política dadas pelo governador. Se conseguir, ajudará inclusive o projeto nacional do tucano goiano.

Fonte: O Popular

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