Osvaldo pai da jovem Nathália |
O sentimento
ultrapassa a dor. O desespero é estampado no rosto de Oswaldo José, pai de
Nathália, jovem de 18 anos assassinada na última segunda-feira (22) na porta do
Colégio Protágoras, onde fazia cursinho há cerca de duas semanas.
No fim da
manhã desta terça-feira (23), ele foi ao Instituto Médico Legal (IML) assinar
documentos para a liberação do corpo da filha. A visita a Goiânia é muito
diferente do que imaginava. "Ela amou a cidade. Disse que nem ia a
Rondônia; que era para a gente vir visitar ela aqui", comentou o pai.
Entre uma lágrima e outra, fala que não acredita na justiça brasileira.
"Minha filha está presa para sempre. Quem fez isso com ela, é preso hoje e
solto amanhã."
Oswaldo
recebeu a notícia da morte da filha ainda na noite de segunda-feira. Às 3h50
pegou um voo em Porto Velho rumo a Goiânia, com escala em Brasília.
O pai de Nathália levou o corpo da jovem na
tarde de hoje para Rondônia, onde farão o velório junto com os familiares. No
IML ele recebeu o tênis, fichário e livro, que estavam com filha, em um saco
plástico.
O caso
A estudante
Nathália Araújo Zucatelli, de 18 anos, foi morta com um tiro na noite de
segunda-feira (22) após sair de um cursinho pré-vestibular no Setor Marista, em
Goiânia. A Polícia Civil informou que o crime ocorreu durante um assalto.
De acordo
com uma amiga da estudante, Vitória Costa do Nascimento, de 19 anos, a vítima
morava em Rondônia, mas se mudou para Goiás há três semanas para estudar.
Nathália sonhava em ser médica.
A jovem
fazia cursinho pré-vestibular no Colégio Protágoras. A amiga conta que ela era
estudiosa. "Não era uma menina de sair. De segunda a sexta-feira sempre
estudando. Às vezes, sábado e domingo, eu chamava ela para ir lá para casa para
almoçar ou para assistir a um filme comigo ou alguma coisa do tipo",
relata Vitória.
O diretor do
colégio, Marcos Antônio de Souza Araújo, informou que a aula de Nathália
terminou às 17h40 de segunda-feira. No entanto, ela continuou na biblioteca da
escola para estudar, de onde saiu por volta das 21h30. O crime aconteceu a uma
quadra do colégio.
Uma idosa,
que prefere não ser identificada, conta que viu quando a jovem foi abordada por
duas pessoas em uma motocicleta. "Quando eu olhei, ela vinha baleada já.
Ela veio andando baleada e caiu. Aí eu cheguei na hora. Era um casal numa moto
preta, e eles passaram por mim", relata a testemunha.
A polícia que os criminosos levaram um celular
da vítima. Por isso, o crime se configura como latrocínio – roubo seguido de
morte. A investigação deve ser conduzida pela Delegacia Estadual de
Investigações Criminais (Deic).
A morte de
Nathália comoveu amigos e familiares. Nas redes sociais, eles postaram inúmeras
homenagens para a jovem e lamentaram o crime.
Com
informações do G1 e O Popular
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