Nova
denúncia contra o bispo de Formosa, dom José Ronaldo Ribeiro, será protocolada
nesta quinta-feira (14) no Ministério Público de Goiás (MP-GO). A nova petição
relata as fraudes contábeis que foram identificadas desde que o líder religioso
assumiu, em 2015.
Reportagem
na publicada na terça-feira (12), mostrou a insatisfação dos fiéis. O bispo
disse que prefere não se pronunciar sobre o assunto para não fomentar mais
polêmicas, mas nega qualquer irregularidade na sua diocese.
A petição
que será apresentada desta vez tem características técnicas, com alguns
documentos que denotam os problemas relatados pelos fiéis para a reportagem do Jornal
O Popular.
Segundo os
membros da igreja, o líder religioso não tem realizado as prestações de contas
conforme a regra. O bispo informou que já concedeu uma entrevista para uma rede
de televisão para explicar como funciona o departamento financeiro da diocese e
que não deve mais falar sobre o assunto.
Para o
bispo, algum grupo ou pessoas contrárias a ele devem estar fomentando
inverdades com algum propósito que ele não sabe qual é. “O prejuízo moral já
foi feito. Como bispo não quero me envolver nessa polêmica que criaram com meu
nome. Apenas digo que é tudo mentira”, ressaltou dom José Ronaldo Ribeiro.
Uma página
no Facebook tem divulgado informações sobre o assunto. “Já pedimos
judicialmente para que essa página seja retirada do ar porque se trata de
calúnia e inverdade”, complementou o religioso.
A partir de
janeiro, parte dos fiéis das 33 igrejas em 20 cidades da diocese de Formosa
deverá deixar de devolver o dízimo. Chamado de “Janeiro em Branco”, o manifesto
deve se estender até que as contas sejam prestadas. Segundo os fiéis que
conversaram com a reportagem, não há informações sobre onde estão os valores
arrecadados nas três últimas grandes festas da catedral de formosa, nem o
motivo dos gastos da casa episcopal ter saltado de R$ 5 mil para R$ 40 mil
mensais.
Toda a
diocese gera anualmente cerca de R$ 17 milhões. O documento diz que a mitra
sempre foi superavitária e que há pouco mais de dois anos tem se tornado
devedora. Segundo a denúncia, as manipulações contábeis envolvem recolhimento
de emolumentos, como taxas de batismos – que somam valores altos e que não são
declaradas. Isso tudo, segundo a denúncia, vai contra o direito canônico, que
prevê que os integrantes da igreja devem agir segundo a lei.
Fonte: O
Popular
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