Detentos da
Unidade Prisional de Posse, no Nordeste goiano, reiniciaram, em 18 de dezembro,
a produção de tijolos e bloquetes em uma fábrica instalada no interior do
presídio, conforme previsão do Projeto Fábrica de Sonhos, uma iniciativa do
Ministério Público, Conselhos de Segurança e do Comunidade, Judiciário,
Polícias Civil e Militar.
Para sua
implementação, o projeto contou com apoio do Sebrae, que presta consultoria com
temática voltada para a qualidade e produtividade na realização do trabalho,
que ajuda na redução de pena e beneficia a comunidade.
Conforme
explica o promotor Diego Braga, a fábrica de tijolos do presídio onde é
realizado o projeto funciona com maquinário próprio e a sua produção tem
destinação fundamentalmente social e também auxilia na ressocialização dos
presos.
Segundo o
especialista em engenharia de produção e consultor do Sebrae Fernando
Witicovski, após a conclusão no presídio, parte do recurso gerado com a venda
dos tijolos será revertida em parte para a comunidade de Posse. O Sebrae é
parceiro técnico e dá sustentabilidade ao projeto.
Para os
reeducandos, é uma boa oportunidade para aprender um novo ofício. “Trabalhar é
muito melhor que estar na cela encarcerado. Além de pagar a pena, temos a
chance de aprender uma nova profissão”, afirma o reeducando Edson Souza. O
promotor esclarece que Edson tem pena totalizada em quatro anos e nove meses e,
a cada três dias de trabalho, reduz um dia de pena.
História
O projeto
foi iniciado no início de 2015 como fruto da atuação conjunta dos promotores de
Justiça Diego Braga (Posse), Paulo Brondi (Campos Belos) e Douglas Chegury (São
Domingos), em parceria com os Conselhos de Segurança de Posse e Simolândia e do
Conselho da Comunidade de Posse, além de alguns dos agentes prisionais.
Na época,
foi aplicado recurso de R$ 10 mil, oriundo da transação penal, integralmente
aplicado na unidade produtiva. O valor foi usado para a estruturação de um
galpão de trabalho, a compra de insumos para o início da produção e
equipamentos de proteção individual (EPI). A máquina para fabricação foi cedida
pelo município de Posse, em regime de comodato, com capacidade de produção de
cerca de 600 tijolos por dia. A produção foi iniciada em março de 2015,
interrompida cerca de seis meses depois e agora retomada de forma
profissionalizada, contando com a consultoria técnica do Sebrae.
Fonte: MPGO
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