Ações do Governo transformam rotina em Cavalcante-GO e beneficiam comunidades Kalunga, no Nordeste de Goiás
Energia
elétrica, água tratada, educação, tecnologia, mais emprego e renda. Esses são
conceitos até pouco tempo distantes dos moradores de Cavalcante, no Nordeste
goiano. Mais de 500 quilômetros separam a capital goiana e a região, onde vive
a Comunidade Quilombola Kalunga São Domingos.
Desde o
início da gestão atual, em 2019, o Governo de Goiás concentra esforços
articulados entre os órgãos estaduais, em diversas frentes, para mudar a
realidade local. São medidas articuladas pelo Gabinete de Políticas Sociais
(GPS) que trazem transformações significativas no dia a dia de todos.
Ao fazer um
balanço, o governador Ronaldo Caiado diz que, mesmo com as dificuldades
impostas nos primeiros anos de gestão, hoje a população sente a diferença. “O
Estado se faz presente e propicia mudanças, ao garantir qualidade de vida e
atendimento à população. Você não faz tudo do dia para a noite, mas resolve com
trabalho e dedicação”, diz ao lembrar de ações sociais, incentivos junto aos
pequenos produtores familiares e obras de infraestrutura. “Nós vamos mudar o
Nordeste goiano”, resume.
Uma das
primeiras iniciativas realizadas na gestão de Caiado na região foi a ampliação
do serviço de energia elétrica para comunidades Kalunga. Mais de 140 famílias
foram beneficiadas com a parceria do Governo de Goiás, por meio do GPS, com a
Enel Distribuição, em 2020. As obras fazem parte do programa “Luz para Todos”,
do governo federal. Foram construídos mais de 360 quilômetros de rede de
distribuição e instalados 3,5 mil postes, com investimento de R$ 22 milhões.
A chegada da
energia veio acompanhada de outro serviço básico, o acesso à água tratada.
Foram beneficiados cerca de 650 moradores da Comunidade Quilombola Kalunga São
Domingos. Todas as 210 moradias do povoado já recebem água tratada com
regularidade após a inauguração do sistema de abastecimento, feito pelo Governo
de Goiás, por meio da Saneago. O investimento na obra foi de cerca de R$ 500
mil.
Segundo a
presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e
coordenadora do GPS, primeira-dama Gracinha Caiado, as transformações
promovidas dependem de iniciativas conjuntas com envolvimento da população e
dos governos municipal e Estadual, imbuídos de um só pensamento: ajudar.
“Quando estamos com esse sentimento, sem dúvida o desenvolvimento é muito
maior. É assim que trabalhamos para oferecer melhor qualidade de vida à
população em vulnerabilidade”, disse.
“A gente
agradece bastante por terem nos enxergado”, disse o aposentado Adir Soares de
Sousa, de 64 anos. “A primeira-dama veio aqui, prometeu e cumpriu. Antes, a
gente carregava água do rio até em casa. Hoje não precisamos disso, não tem
essa dificuldade. Temos água em casa”, relatou. “Nunca tivemos chance com
governantes aqui. E agora vieram o governador e a primeira-dama, que é uma
mulher disposta e sem orgulho”, elogiou.
Assistência
Cavalcante
também está no programa Goiás Social, lançado em 15 de junho. Analistas da OVG
já realizaram visitas técnicas a 170 famílias em vulnerabilidade. A partir das
informações colhidas in loco, o Governo de Goiás leva qualificação profissional
e para a agricultura familiar, alfabetização de adultos, reforma de casas e o
Crédito Social, programa voltado para aquelas pessoas que passam pela
capacitação e querem empreender.
Dentro da
iniciativa, no município, 120 imóveis foram elegíveis para reforma. Além disso,
as equipes verificaram junto à comunidade o interesse em cursos nas áreas de
costura, informática, horticultura, reciclagem, criação de peixes, pedreiro e
condutor de turismo. Durante as visitas, foram entregues itens como enxoval
para bebê, brinquedos, andador, cobertores, cadeira de rodas padrão e
higiênicas, entre outros produtos. Entre janeiro de 2019 e junho de 2021, a OVG
entregou 6.537 benefícios em Cavalcante.
Uma das
beneficiadas foi a idosa Antônia Bispo da Cunha, de 80 anos. Com problemas nas
articulações, ela não consegue andar. Desde o início do ano, a família recebe a
assistência do Governo de Goiás. Foram doadas cadeiras de rodas e banho,
colchão caixa de ovo e também fraldas geriátricas. “Foi muito boa essa ajuda
porque estávamos com dificuldade para andar com ela. Sem falar que o colchão
deixa minha mãe mais confortável e tranquila para dormir”, explicou a filha da
idosa, Iracema Bispo Cunha.
O GPS também
articulou a distribuição de cestas básicas para os moradores de Cavalcante.
Foram encaminhados mais de 8,2 mil kits de alimentos à prefeitura e às
associações quilombolas Kalunga e famílias que vivem em assentamentos rurais. E
o governador já autorizou a compra de nova remessa, que será entregue neste
segundo semestre de 2021.
Imunização
No combate à
Covid-19, as ações nas comunidades Kalunga ocorreram com prioridade, em
Cavalcante. A imunização nos territórios começou em março com uma força-tarefa
montada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) em conjunto com o município,
por conta da distância e dificuldade de acesso às regiões. Foram vacinados
5.252 adultos. A iniciativa também englobou outros municípios como Monte Alegre
e Teresina de Goiás.
Na área da
educação, foram distribuídos 30 notebooks, 600 livros didáticos e construídas
duas salas de aula em comunidades Kalunga, que também receberam a instalação de
kits de energia fotovoltaica. As escolas também são beneficiadas com internet
via satélite, serviço disponibilizado após parceria do Governo de Goiás, por
meio da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), com o Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). As conexões possibilitam o acesso à
internet e a aplicação no ensino a distância. O projeto Goiás Tec, de mediação
tecnológica voltado para o Ensino Médio, atende quatro turmas com um total de
60 alunos.
O GPS também
implantou o Programa Alfabetização e Família, executado pela Secretaria da
Educação (Seduc) em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O projeto é
destinado para adultos com média de idade acima de 50 anos. Em 2019, oito
turmas foram iniciadas com 49 alunos, em Cavalcante. Por conta do público mais
adulto, durante a pandemia a ação foi paralisada, mas a previsão é de retomada
em agosto de 2021.
Mesmo assim,
já há resultados positivos com a ação. Até o momento, 11 pessoas foram
alfabetizadas. “Temos uma previsão para iniciarmos mais 10 turmas, ou seja,
cerca de 70 alunos na primeira semana de agosto”, estima a superintendente de
Modalidades e Temáticas Especiais da Seduc, Núbia Rejane Ferreira da Silva.
Robótica
Como
complemento às ações da educação, Cavalcante é uma das cidades beneficiadas com
um laboratório Include, que funciona no Colégio Estadual Elias Jorge Cheim. A
iniciativa capacita gratuitamente jovens entre 12 e 20 anos com cursos na área
de robótica, programação, eletrônica, sensores e mecânica, além de oferecer
oficinas de empreendedorismo e IOT (internet das coisas).
Segundo a
coordenadora regional dos Includes de Alto Paraíso e Cavalcante, Raphaely Luz,
por enquanto, as aulas ocorrem de maneira remota, mas a partir de agosto serão
ministradas de forma híbrida. “Tivemos boa adesão e estamos com inscrições para
um novo processo de matrícula”, ressalta. Elas podem ser feitas no endereço
eletrônico: https://www.institutocampusparty.org.br/inscricao-aluno.
“O curso
traz coisas inovadoras, de que eu não tinha noção e conhecimento. Para quem
mora no interior, tecnologia e robótica praticamente não existem. Quando soube,
fiquei curiosa”, diz Alani Ferreira Silva, de 19 anos. “Cada dia tem uma coisa
nova”, completa. Alani afirma que, mesmo com as aulas remotas, a qualificação é
interessante, com “conversa interativa entre alunos e professores”.
Os
requisitos para inscrição no Include são: ter entre 12 e 20 anos, ser estudante
de escola pública ou bolsista e residir na comunidade em que o laboratório se
encontra. Até o momento, o Governo do Estado investiu R$ 930 mil em seis
unidades. A meta é atender 1,8 mil jovens goianos em situação de
vulnerabilidade até 2023.
Produção
da mandioca
Como o
governador Ronaldo Caiado costuma dizer, não há política social mais efetiva
por parte do poder público do que criar estímulos e ferramentas que
proporcionem geração de emprego e renda. E em Cavalcante isso não é diferente.
O município integra o projeto da cerveja regional feita a partir da fécula de
mandioca adquirida de pequenos produtores. O insumo serve para a produção da
Esmera de Goiás, fabricada pela Ambev.
O trabalho
conjunto do Governo de Goiás e da unidade da empresa sediada em Anápolis
impacta positivamente a vida de aproximadamente 2,5 mil pessoas do Nordeste
goiano, primeira região responsável por fornecer a matéria-prima para produção
da bebida.
Como ação da
iniciativa, está a assistência aos produtores por meio da Agência Goiana de
Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). “O
trabalho do escritório envolve consultoria e assessoria sobre os melhores
adubos para a produção da mandioca, dicas de correção o solo, variedades mais
produtivas que vão gerar qualidade e maior cultivo por hectare ou área”,
explica o assistente de desenvolvimento rural e responsável pelo escritório da
Emater em Cavalcante, Gonçalo Amarantes Ribeiro.
A agência
também dá suporte para os produtores que desejam vender para a Ambev. Isso
porque o órgão faz a avaliação do quantitativo e também organiza a criação de
grupos de agricultores para que juntos somem até 25 toneladas de cultivo de
mandioca, a capacidade de uma carreta carregada, providenciada pela cerveja
para fazer o transporte do insumo.
“Já estava
sem plantar mandioca há muito tempo, cerca de três anos, mas agora consegui
vender 10 toneladas e já fiz um novo plantio”, afirma um dos produtores em
Cavalcante, Valdeci Francisco da Conceição. Até então, a raiz servia apenas
para consumo e fabricação de farinha. Em muitos momentos, a produção era
perdida por falta de destinação. Agora, com o novo mercado para comercialização
do insumo, o agricultor familiar comemora. “Estamos plantando muito mais para
fornecer à Ambev. Dá para conseguir um troco.”
Até o momento,
a Ambev adquiriu 1.407 toneladas de mandioca, número que aumenta
gradativamente. No ano passado, o volume adquirido foi de 222 toneladas, já em
2021, a produção vendida chega 1.185 toneladas. Com isso, 1.001 pessoas, desde
famílias, produtores, arrancadores e transportadores são impactados com a
produção de cerveja a base de mandioca. Além de Cavalcante, outros 23
municípios também integram a iniciativa.
Tantos
benefícios têm o reconhecimento da gestão municipal. O prefeito de Cavalcante,
Vilmar Souza Costa, disse que “as ações afirmativas” estão dando oportunidades
na cidade e no campo. “Temos que agradecer o olhar que o governo tem dado não
só a Cavalcante, mas ao Nordeste goiano, que sempre foram esquecidos. O que o
governador promoveu, nesses dois anos e pouco, não foi feito em 50 anos”,
sublinha.
Fonte: Secretaria de Comunicação (Secom-GO)
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