Começou na
terça-feira (27) o julgamento dos recursos criminais apresentados pelo
ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e pelo Ministério Público
Eleitoral na ação que apura crimes de associação criminosa e fraude processual
nas eleições de 2006. O relator, desembargador Luis Eduardo de Sousa, negou os
argumentos apresentados pela defesa e votou pelo aumento da pena do tucano.
Marconi já
havia sido condenado em primeira instância a prestar serviços comunitários e a
pagar R$ 18 mil por uso de caixa 2 na campanha eleitoral de 2006, quando foi
eleito senador. A decisão foi do juiz eleitoral Wilson da Silva Dias, da 133ª
zona eleitoral, que também absolveu o ex-governador por três outros crimes denunciados
pelo Ministério Público.
Tanto
Marconi quanto o MPE, portanto, entraram com recursos, que agora são analisados
pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). A sessão começou a julgar o
caso ontem. Depois da leitura do voto do relator, o juiz Átila Naves pediu
vistas. Com isso, a sessão foi suspensa e o caso volta a ser apreciado na tarde
desta quarta (28).
Sessão
Durante sua
argumentação, o procurador Célio Vieira da Silva acusou Marconi de ser o mentor
e principal beneficiário do esquema de captação ilícita de recursos. A
manifestação foi acatada pelo relator, desembargador Luis Eduardo de Sousa.
Sousa também
negou provimento ao recurso de Marconi e argumentou que as interceptações
telefônicas evidenciam a participação ativa do ex-governador no esquema. Nas
palavras do desembargador, o político "exercia a chefia dos seus
associados".
O juiz, portanto,
votou pela prisão de Marconi por fraude processual eleitoral, falsidade
ideológica e formação de quadrilha. A pena é de oito anos de reclusão e multa
no valor de R$ 70.350. Os direitos políticos do ex-governador, que hoje é
cotado para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022, também podem
ficar suspensos.
Com o
retorno da sessão hoje, ainda resta a apresentação dos votos dos outros
desembargadores que integram o TRE-GO para se chegar à decisão final. Advogado
de Marconi nessa ação, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que
esse é apenas um voto e que vai esperar a continuidade do julgamento.
Fonte: O Popular
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