A Polícia
Civil concluiu as investigações relacionadas à rede de apoio dada ao fugitivo
Lázaro Barbosa Sousa, de 32 anos, durante a empreitada criminosa na região de
Cocalzinho de Goiás. Os 13 inquéritos policiais instaurados foram concluídos e
remetidos ao Poder Judiciário. Ao todo, cinco pessoas foram indicadas por
favorecimento pessoal na fuga do foragido. Entre elas, um fazendeiro da cidade,
o caseiro da propriedade rural, a então esposa de Lázaro, a ex-companheira e a
ex-sogra do indivíduo.
“Os elementos
de prova colhidos no bojo do inquérito indicaram que eles, de fato, prestaram
auxílio para que Lázaro não fosse capturado pelas forças policiais, prestando
informações, dando guarita – inclusive alimentação, levando o fugitivo para
esconderijos e, sobretudo, iriam propiciar a fuga definitiva dele, que foi
impedida pela captura”, pontuou o titular da 17ª Delegacia Regional da Polícia
Civil de Goiás, delegado Cléber Martins.
Um dos
principais alvos do trabalho investigativo foi Elmi Caetano Evangelista, de 73
anos, preso no dia 24 de junho, no distrito de Girassol. Segundo a apuração, o
fazendeiro teria auxiliado o fugitivo, dando abrigo e comida. Teria ainda
proibido que a força-tarefa entrasse em sua propriedade para a realização de
buscas. Além do auxílio na fuga de Lázaro, ele foi ainda autuado em flagrante e
indiciado por posse irregular de duas armas de fogo.
Com relação
às mulheres, a Polícia Civil concluiu que as três tiveram contato com o
fugitivo durante a perseguição e não o denunciaram. Elas foram indiciadas pelo
crime previsto no artigo 348 do Código Penal, que qualifica como crime o
auxílio a suspeito para que fuja de ação policial. Se condenadas, podem pegar
de um a seis meses de prisão e multa. “Ainda está sendo apurada [a
participação] de outras pessoas. Nada impede que, surgindo provas, sejam
instaurados devidos procedimentos”, reforçou o delegado.
A operação
de captura a Lázaro Barbosa durou 15 dias e mobilizou mais de 270 agentes de
Goiás, Distrito Federal e das forças de segurança federais. A força-tarefa,
coordenada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO),
trabalhou de forma ininterrupta nas regiões de Cocalzinho de Goiás e Águas
Lindas, à procura do criminoso. Foram utilizadas dezenas de viaturas, quatro
helicópteros e cerca de 10 drones. O suspeito foi capturado dia 28 de junho.
De acordo
com o titular da SSP-GO, Rodney Miranda, a Polícia Civil avalia agora vai
solicitar à Justiça o sequestro da propriedade rural do fazendeiro denunciado.
“Nós estamos estudando [essa possibilidade] para que, com a futura venda dessa
propriedade, possamos amortizar o gasto feito para a captura dele [Lázaro],
visto que, ao escondê-lo lá, ele atrasou em pelo menos uma semana a operação”,
informou o chefe da pasta.
Fonte: Secretaria de Segurança Pública- Governo de Goiás
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