terça-feira, 30 de setembro de 2014

O voto da falta de vergonha.



Só se pode falar em democracia, de verdade, em nosso país, quando o nosso povo for capaz de dar o seu voto sem pensar no emprego público, previsto ou já ocupado, no auxílio em materiais para a reforma da casa, e coisa e tal.

 Ainda vão se passar muitas décadas e décadas, gerações e gerações. Faz isso parte da nossa educação política e social, e não se pode mudar assim, da noite para o dia.

Vê-se, por aí, que ainda estamos longe, muito longe, de atingir essa condição de independência mental, que não está na dependência de decreto oficial. Leva tempo para se formar a mentalidade de um povo, o que não se dá que não seja pela revisão de princípios fundamentais, notadamente em se tratando de um povo, como o nosso.

Quero dizer com tudo isso que de nada adianta a legislação eleitoral proibindo a compra de voto, sob a figura de abuso do poder econômico, na medida em que ela, pelo menos no tempo presente, não encontra, mesmo, adequação. Vai-lhe de encontro o fenômeno social do vício, como decorrência de diversos fatores na espécie, além disso, as virtudes públicas nenhuma da classe política.

De maneira que, a bem dizer, trata-se de uma lei, como é o caso da própria Constituição, circunscrita a branco do papel. Quem, ou como se pode impedir, de forma abrangente, o chamado abuso do poder econômico ou político, se os meios de ocultação funcionam por vias inalcançáveis? De resto, como já dito, trata-se de uma lei cujas boas intenções não contam com a independência mental do nosso povo.

Essa independência mental, naturalmente, nos domínios da educação política, nas condições de vida, com o mínimo de dignidade, coisas de que nunca cuidou a nossa representação política, em momento nenhum da nossa história republicana, e para trás. A vida pública do nosso país, desde o começo, fechou-se, fecha-se aos interesses das massas populares, num descaso total pela nação e o povo.

Um comentário:

  1. Olá Antonio Carlos, pelo que eu entendi, o post refere à questão economica nas campanhas eleitorais. Nessas eleições está cristalizada a força daqueles que tem poder economico. São campanhas milionárias que dão ao candidato a possibilidade real de eleger-se em prejuizo daqueles que fazem a campanha baseadas no debate politico de ideias. Lamentavelmente é isso que estamos assistindo dos postulantes a Deputado Federal, Estadual e Senadores. Somente uma reforma politica com a participação da sociedade pode amenizar essa situação. Propostas nesse sentido não faltam, o que falta mesmo é vontade politica do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativa. Pra eles, do que jeito que está, "ta bom demais da conta". O voto de cabresto nunca desapareceu no cenário politico brasileiro.

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