Posicionamento do Sindicato dos médicos de Goiás (Simego) sobre os altos salários e as condições de trabalho.
O popular
divulgou na mesma reportagem sobre os altos salários dos médicos, o
posicionamento do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) e do Conselho
Regional de Medicina de Goiás (Cremego).
O
posicionamento do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) e do Conselho
Regional de Medicina de Goiás (Cremego) é claro: que o médico só aceite
trabalhar, independente de qualquer coisa, em local que dê condição mínima de
trabalho e que o vínculo seja formal, de acordo com as leis trabalhistas ou por
concurso público e não por vínculo temporário.
“Todo o
resto é considerado contrato precário. Algumas prefeituras passaram a exigir
que médicos se tornem pessoas jurídicas para serem contratados, fugindo
completamente das garantias trabalhistas”, critica o presidente do Cremego,
Erso Guimarães, referindo-se ao modelo de credenciamento.
O presidente
do Simego, Rafael Cardoso Martinez, diz não ter notícia, neste momento, de
nenhum concurso público em cidades do interior com vagas oferecidas para
médicos.
Para ele, do
jeito que as relações contratuais estão sendo estabelecidas, ficou muito cômodo
para os gestores. “Recebemos com frequência histórias de colegas contratados
precariamente e que a prefeitura não honra o valor acertado”, relata. Acontece,
ainda, do profissional sofrer pressão política por parte do prefeito que, ao
pagar um salário alto, se acha no direito de cobrar favores e prestação de
serviços para eleitores. “Amigos nossos já tiveram experiências nesse sentido.
O contrato é por relação unilateral: ‘Se você não me apoiar, vou te demitir’.
Mais ou menos assim.”
Para Erso
Guimarães, não é salário alto que vai fixar o médico no local, mas condições de
trabalho e segurança trabalhista, com férias, 13º, abono salarial, indenização
trabalhista, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros direitos,
que, no caso de pessoa jurídica, não precisam ser garantidos. “Tem médico para
trabalhar. Só falta tornar atrativo, com concursos, plano de carreira e
estabilidade. Salário alto não é o único elemento, tampouco o atrativo mais
importante para poder tirar os médicos dos grandes centros e levar para o
interior”, afirma.
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