Prefeitos do Entorno do DF decidem fechar comércio não essencial seguindo decreto do governo de Goiás
Prefeitos de
cidades goianas do Entorno do Distrito Federal anunciaram que, a partir desta
segunda-feira (22), deverão suspender as atividades não essenciais, seguindo o
que foi decretado pelo governo de Goiás. A medida tem por objetivo conter o
avanço da Covid-19 na região que, de acordo com os gestores, está com sistema
de saúde no limite.
Fizeram
parte do anúncio da mudança, em vídeo, os prefeitos: Fábio Correa (PP), de
Cidade Ocidental; Diego Sorgato (DEM), de Luziânia; Pábio Mossoró (MDB), de
Valparaíso de Goiás; e Carlinhos do Mangão (PL), de Novo Gama.
Na gravação,
eles afirmam que Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto também vão
adotar as medidas restritivas.
A assessoria
da Prefeitura de Águas Lindas de Goiás confirmou que vai aderir à iniciativa. A
reportagem tenta contato com a Prefeitura de Santo Antônio do Descoberto para que
se posicione sobre o caso.
A gravação
que anuncia os ajustes nas medidas restritivas foi publicada na noite de
domingo (21). Os quatro prefeitos citados aparecem em frente ao Hospital
Regional de Luziânia falando que os sistemas de saúde estão no limite. Eles
relatam que tiveram que se organizar para não faltar oxigênio em uma das
unidades de saúde da região e que não há mais leitos.
“O colapso é
regional. Se é regional, nós quatro começamos a tomar as decisões também
regionalmente. […] Assim, estamos seguindo as recomendações do Tribunal de
Justiça, Tribunal de Contas dos Municípios e do Ministério Público. É hora de
darmos as mãos para valorizar a vida”, disse o prefeito Fábio Correa.
O governador
Ronaldo Caiado (DEM) publicou o decreto estadual na última terça-feira (16)
determinando o “regime 14 por 14”, em que as atividades não essenciais são
suspensas por duas semanas, seguidas de duas semanas de funcionamento seguindo
as regras de segurança em saúde.
Algumas
cidades anunciaram que não iriam seguir as recomendações do governo do estado
mesmo com medidas diferentes, outras ajustaram seus decretos municipais e
outras não fizeram alterações nas medidas, mas argumentaram que são
praticamente iguais às anunciadas pelo estado.
O governo
alertou que as cidades em situação considerada de calamidade pela Secretaria de
Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) devem seguir o decreto estadual ou determinar
medidas ainda mais rígidas, mas não flexibilizar, sob pena de intervenção, que
pode ser feita por meio de pedidos ou ações do Ministério Público de Goiás.
A Secretaria
Estadual de Saúde já registrou mais de 450 mil casos de Covid-19 em Goiás desde
o início da pandemia, dos quais mais de 10,3 mil evoluíram para morte.
Fonte: G1
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