A
recepcionista Nádia Xavier da Silva, de 37 anos, foi brutalmente espancada e,
depois, esfaqueada dezenas de vezes. Por fim, sofreu mutilações quando ainda
agonizava. Com requintes de crueldade, o feminicídio ocorrido no domingo
(28/3), em Formosa, chocou os policiais e peritos criminais mais experientes.
A barbárie
foi cometida pelo companheiro de Nádia, o soldador Ramiclid Bruno Alves, 31
anos, que se enforcou após assassinar a mulher. Parentes do casal desconfiaram
que ninguém atendia os telefones e foram até o local. O cenário, segundo os
primeiros policiais que entraram no imóvel, era de terror.
Um cabo de
vassoura ensanguentado estava ao lado do corpo e suspeita-se que Nádia teria
sido empalada pelo algoz.
Segundo um
dos peritos que analisaram o local de crime, havia muitas garrafas de cerveja
vazias sobre a mesa. “Pela dinâmica, eles beberam muito e, logo depois, houve
um desentendimento. Ela foi espancada brutalmente em uma área externa, onde
havia muito sangue. Seu nariz também foi quebrado em razão da violência
empregada”, explicou um dos peritos, que preferiu não se identificar.
Em seguida,
o homem usou uma peixeira e cortou o cabelo da mulher, arrancou partes de seus
lábios e a jogou na cama de um dos quartos. “Ele ainda cortou pedaços do corpo
dela, a mutilando e, no final, enterrou a faca tão profundamente que a
impressão é que a vítima havia sido morta com uma estaca, pois só o cabo estava
aparente”, disse.
Histórico
violento
O delegado
titular da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) de Formosa, Yasser
Yassine, afirmou que Nádia já havia representado criminalmente contra o
companheiro. Em 2018, Bruno Alves foi preso por bater em Nádia e morder seus
lábios e sobrancelhas.
Segundo
Yassine, na época, o soldador foi autuado por lesão corporal e ameaça, mas o
casal voltou a relacionar em seguida. “Mesmo assim, quando esse primeiro crime
ocorreu ele prometeu à Nádia que cortaria seu pescoço caso se relacionasse com
outro homem”, explicou o delegado.
Fonte: Metrópoles
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