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Decadência no esporte brasileiro: estamos perdendo a hegemonia em todas as modalidades



Por Jefferson Victor,

A história moderna do esporte brasileiro evidenciou-se nos anos 50, ocasião em que Pelé e a seleção brasileira foram destaques mundiais com o bicampeonato em 1958 e 1962, na Suécia e no Chile respectivamente.

Ganhamos o respeito e o reconhecimento de todas as nações, tínhamos a melhor seleção e o melhor atleta de todos os tempos.

Em 1970, no México, repetimos o feito e nos tornamos tricampeões mundiais de futebol, ganhamos três copas em quatro disputadas, um aproveitamento de setenta e cinco por cento.

O escrete canarinho, como era carinhosamente chamada por Waldir Amaral, grande locutor da Rádio Globo, era formada por jogadores que verdadeiramente vestiam a camisa da seleção brasileira, ali não havia nenhum mercenário, o amor à pátria e o orgulho de representa-la, levavam aqueles atletas ao limite das suas resistências para trazer contentamento ao povo brasileiro.

Vinte e quatro anos sem título, e somente em 1994 voltamos a ter alegria com a nossa seleção, foi uma final disputada nos pênaltis, e pra nossa felicidade Roberto Baggio isolou uma bola que acabou com o jejum de quase três décadas.

Em 1998 foi uma decepção, 2002 tivemos um dos melhores elencos de todos os tempos, e graças a força e a individualidade de Ronaldo Fenômeno, mais uma vez pudemos comemorar um título.

De lá pra cá há uma decadência sem precedentes, jogadores milionários, muitos mercenários e com pouco amor à camisa, tornaram o nosso futebol um dos piores em todos os tempos, despencamos no ranking da FIFA e de primeiro que sempre fomos, saltamos para a humilhante quinta posição.

A Lei Pelé, instituída em 24 de março de 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, tirou a autonomia dos clubes sobre os jogadores.  As equipes fazem investimentos milionários nestes atletas, porém eles e seus empresários desmontam qualquer elenco,  ficam com a maior parte da negociação em detrimento de quem realmente investiu pesado em sua formação.

O futebol é o nosso principal esporte, mas também somos amantes da fórmula um, vôlei, futsal, basquete e atletismo, UFC dentre outros.

Na fórmula um tivemos Emerson Fittipaldi, bicampeão, Nelson Piquet e Ayrton Senna, ambos tricampeões, sendo a última conquista em 1991 com Senna, e após sua morte em 1994, deixamos de ter representantes à altura da competição, temos meros coadjuvantes que engordam suas contas bancárias e estão se linchando para o povo brasileiro.

Lembra aquele bordão do Cleber Machado? Hoje não! hoje não! Hoje sim! Se referia ao Rubens Barrichello abrindo passagem para Schumacker, certamente deixar a vitória escapar valeu alguma grana.

Lembra Senna e Prost na Mclarem? Dividiam curva a curva, bateram várias vezes, não havia camaradagem, por isso foram campeões tantas vezes, naquela época o dinheiro não impunha sofrimentos constrangimento aos torcedores.

Nosso vôlei, basquete e as modalidades menos difundidas, também passam por problemas do dinheiro, os atletas que se destacam migram para outros países em busca de dólares e até mesmo se recusam a atuar pela seleção, isto aconteceu com os atletas da NBA que não defenderam o Brasil em várias competições.

Certa vez ouvi um comentário de que o Brasil era uma vertente no esporte, saiam jogadores apareciam outros com a mesma categoria, mas agora parece que a fonte secou.

Todos os grandes clubes do futebol mundial tinham um brasileiro como principal jogador, aconteceu com Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos, Rivaldo, Kaká, e por vezes foram considerados os melhores do mundo.

Atualmente o brasileiro em destaque é o Neymar, e mesmo assim ainda é ofuscado por Messi, que é o principal destaque do Barcelona.

Vivemos uma triste realidade, organizamos uma copa justamente na hora que tínhamos o pior elenco, uma seleção de um só jogador, Neymar, ele levou uma pancada e parece que foi extensiva a toda equipe, fomos humilhados em nossa própria casa com uma goleada histórica contra a Alemanha.

Infelizmente esta é a nossa realidade, uma lei mal elaborada e mal sancionada, aliada ao mercenarismo e mercantilismo que se instalou em nosso esporte, traz um cenário desolador, nossas manhas e tardes de domingo nunca mais foram às mesmas.

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