O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) determinou a realização de eleições indiretas para a
escolha de um novo prefeito em São Domingos, região nordeste de Goiás.
Desde 2012,
quando foi realizado o último pleito municipal, três mandatários foram
destituídos do poder por crimes eleitorais.
Ainda não há
uma data para a escolha do novo administrador.
A decisão
foi tomada em sessão realizada na noite de terça-feira (24). Atualmente, quem
governa a cidade é o vice-presidente da Câmara, Herculanito Lima.
A ação foi
proposta pelo promotor de Justiça Douglas Chegury, do Ministério Público do
Estado de Goiás (MP-GO). Ele explica que ainda é preciso definir como o
processo será feito.
"A
partir da publicação do acórdão, o que deve ocorrer até segunda-feira (30), o
TSE vai oficiar o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que irá
organizar as eleições e definir questões como tempo de campanha e se a votação
será secreta", disse.
A realização
de novas eleições diretas tinha sido definidas em julho do ano passado, mas
cerca de uma semana antes, o TSE suspendeu a decisão até que o processo fosse
julgado em definitivo,o que aconteceu agora.
Por motivos
de "razoabilidade", o TSE entendeu não ser necessária neste momento a
realização de uma eleição direta, com votos da população. Por isso, a escolha
será feita de forma indireta, através dos votos dos nove vereadores.
O novo
prefeito assumirá um mandato temporário até o dia 31 de janeiro. No dia
seguinte, ele irá passar o cargo para o candidato eleito no pleito de outubro.
Entra e sai
Os problemas
em São Domingos começaram em maio de 2013, quando o então prefeito eleito
Oldemar de Almeida Pinto Filho (PMDB), e o vice, Domingos Jacinto Oliveira Neto
(PT), foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). Ambos
foram acusados de compra de votos e abuso de poder.
Novas
eleições suplementares foram marcadas e em julho do mesmo ano, Etelia Vanja
Gonçalves (PDT) foi sagrou-se vencedora por uma diferença de apenas 14 votos.
No entanto, em maio de 2015, ela e o vice, Ruy de Oliveira Pinto, também foram
destituídos após serem condenados por captação ilícita de votos e de recursos
de campanha.
No lugar
dela, havia entrado Jovita Ribeiro da Silva, presidente da Câmara. Porém, assim
como seus antecessores, ela foi afastada pela Justiça em uma ação de
improbidade administrativa, onde foi acusada de corromper testemunhas e
destruir provas. Desde então, o vice- presidente da Casa, Herculanito Lima
assumiu temporariamente.
Fonte: G1
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