Polícia
Rodoviária Federal (PRF) em Goiás suspendeu, a partir desta quarta-feira (5),
operações, fiscalizações de rotina e rondas para flagrar motoristas em alta
velocidade ou realizando ultrapassagens proibidas.
Segundo o
órgão, a justificativa é a falta de verba, já que o orçamento pedido ao Governo
Federal foi de R$ 420 milhões, no entanto, foi aprovado o valor de R$ 236
milhões.
O presidente
do sindicato dos policiais rodoviários federais em Goiás, Paulo Afonso da
Silva, explica que sem o dinheiro solicitado não é possível manter todos os
serviços e é preciso priorizar o atendimento a acidentes com vítimas.
“Fica
inviável, fica impossível fazer qualquer tipo de operação. Nós vamos fazer o
básico do básico, porque não temos dinheiro para pagar as diárias e nem mesmo o
combustível das viaturas”, explicou em entrevista à TV Anhanguera.
Ainda
conforme a PRF, o problema afeta a corporação em todo o Brasil. Os helicópteros
usados pela corporação podem parar de operar. O serviço de escolta de caminhões
com cargas gigantes também deve ser suspenso a partir desta quinta-feira (6).
A PRF
informou à TV Anhanguera por meio de nota que a suspensão dos serviços “em
função de contingenciamento orçamentário” é temporária. O órgão destacou que,
junto com o Ministério da Justiça discute a questão com o Ministério do
Planejamento.
Perigo
O inspetor
da PRF em Goiás Newton Morais afirma que as estradas podem ficar mais
perigosas, já que o fluxo de veículos nas rodovias federais aumenta em 20%
durante as férias.
“A nossa
maior preocupação é fazer com que todo cidadão possa ir e vir com
tranquilidade, em segurança, que não comprometa a circulação dos usuários das
estradas”, afirmou em entrevista à TV Anhanguera.
Os
motoristas que transitam pelas BRs em Goiás demonstram preocupação com a falta
de fiscalização nas rodovias. O caminhoneiro Darcísio de Medeiros, por exemplo,
destaca que fica inseguro ao saber da redução nas ações da PRF. “Para a gente a
fiscalização é necessária, para a própria segurança nossa mesmo”, afirmou.
Já o pastor
Werllen dos Santos reclama que os motoristas podem deixar de respeitar leis de
trânsito sem a ação da PRF. “As pessoas vão saber que não tem fiscalização e
vão andar com o carro irregular, pneu careca e por isso podem acontecer
acidentes, mortes”, alertou.
Fonte: G1
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