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A Polícia
Federal (PF) cumpriu três mandados de prisão temporária em Formosa, cidade
goiana no Entorno do Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (23). Uma
quarta pessoa ainda é procurada no município e outras três foram presas em
flagrante por porte ilegal de arma.
A Operação “Lapa da Pedra”, deflagrada também
no Tocantins, Alagoas, Minas Gerais e Distrito Federal, visa desarticular uma
organização criminosa que cometia fraudes contra o Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS). O rombo pode passar de R$ 170 milhões.
De acordo
com a assessoria de imprensa da PF, em Formosa, além dos mandados de prisão,
são cumpridos outros 58 de busca e apreensão e 48 de condução coercitiva.
Além disso,
uma agência Previdência Social na cidade foi bloqueada para a revisão de todos
os trabalhos e concessões, e muitos segurados devem ser intimados para
explicarem algumas questões, podendo ter seus benefícios extintos e chamados à
devolução, além das implicações penais.
Também são
cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva em
Goiânia. Em Alvorada do Norte, Cabeceiras, Damianópolis, São Domingos, Sítio
D’Abadia e Valparaíso de Goiás são cumpridos um mandado de busca e um de
condução coercitiva em cada cidade. Já em Planaltina de Goiás e Posse são cumpridos
3 mandados de busca e 3 conduções coercitivas, cada.
A operação
Em toda a
operação, segundo a PF, são 78 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão
temporária e 70 de conduções coercitivas. Cerca de 300 policiais federais e 60
servidores da Previdência Social participam da ação contra o esquema.
De acordo
com a PF, o grupo atuava em duas frentes das fraudes – benefícios urbanos e
rurais. Para desviar os recursos públicos, alguns servidores da Previdência
Social inseriam dados falsos em sistemas previdenciários, concedendo benefícios
a quem não tinha direito, informou.
Os benefícios rurais eram concedidos com auxílio de declarações falsas do Sindicato Rural local, segundo as investigações. O esquema criminoso contava com apoio de despachantes, contadores, empresários, atravessadores junto ao INSS, podendo ter a participação de advogados.
As fraudes
remontam mais de dez anos. Os investigados responderão pelos crimes de
estelionato previdenciário, falsificação previdenciária, falsidade ideológica,
inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa.
A operação
foi batizada de "Lapa da Pedra" em referência a um sítio arqueológico
em Formosa, cujas marcas deixadas pelos paleolíndios possibilitaram sua
descoberta. O mesmo ocorreu com "as marcas deixadas pela organização
criminosa", diz a PF.
Fonte: G1
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