Laudos
descartaram que 24 macacos morreram por causa de febre amarela em Goiás.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até esta quinta-feira (8), outros
nove casos são investigados.
Além das 33
mortes que foram encaminhadas para análise, o governou registrou outras 17, mas
nestes casos não foi possível colher amostras para os exames. Assim, ao todo,
50 macacos morreram de 1º janeiro até esta manhã.
Até janeiro,
Goiânia era o município com mais mortes: 11. Outras 22 cidades também tiveram
macacos mortos. Já em fevereiro a secretaria explicou que ainda não possui a
lista de locais onde os bichos morreram.
Um dos
macacos foi encontrado morto em uma chácara de Novo Gama, no Entorno do Distrito
Federal. A Secretaria Municipal de Saúde encaminhou o animal para análise na
Universidade de Brasília (UNB), que descartou a contaminação com o vírus, mas
não informou a causa da morte.
A SES
informou ainda que, em 2018, não há registro no estado de humanos com febre
amarela. Conforme o órgão, no ano passado, apenas Amorinópolis teve um caso da
doença.
A
superintendente de Vigilancia em Saúde, Flúvia Amorim, garante que as pessoas
que já se vacinaram contra a doença ao menos uma vez não precisam se preocupar.
“Não há
motivo para pânico. Quem deve procurar a unidade para se vacinar é quem nunca
tomou a vacina na vida. Quem tem uma dose, independente de quanto tempo isso
faz, se tem dez, 15, 20 anos, ela não precisa se imunizar novamente. Tem
estudos que domonstram que uma dose só é necessária e suficiente para dar
imunidade para a vida toda”, explicou.
Transmissão de febre amarela
O surto de
febre amarela no país levou moradores de algumas regiões atingidas a matarem
macacos por medo da doença. Porém, o Ministério da Saúde alerta que os macacos
não transmitem a doença diretamente para humanos e que eles são importantes
para sinalizar a presença do vírus transmitido por mosquitos. Por isso, esses
primatas devem ser protegidos em seu ambiente natural.
Em sua forma
mais branda, a febre amarela se parece com uma virose simples. Pode apresentar
febre, mal-estar, enjoos, vômitos e dores musculares. Na mais grave, icterícia
(coloração amarelada de pele e olhos), urina escura, falência renal, falência
do fígado e de outros órgãos e até morte.
De acordo
com o superintendente de Vigilância e Saúde de Goiânia, Robson Azevedo, não há
motivos para temer ou matar os macacos.
“Nós moramos
em uma região endêmica, então nóstemos o vírus circulando em todo o
Centro-Oeste brasileiro. E é esta, justamente, a importância do macaco. O
macaco, quando nós encontramos ele morto, fazemos os exames e identificamos os
vírus, então eu sei que naquela região, naquele local, eu tenho o vírus
circulante. Volto a falar que as pessoas não devem matar o macaco, pois ele é
um excelente indicador epidemiológico”, disse.
Fonte: G1
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