Um motorista
foi preso suspeito de aplicar golpes em várias pessoas, em Goiás. Segundo a
Polícia Civil, Tiago Henrique Borges Jacob de Souza, de 39 anos, se passava por
filho do deputado federal João Campos (PRB-GO) para endossar seu discurso e
enganar as vítimas. A corporação estima que ao menos 30 pessoas tenham sido
lesadas.
Thiago foi
preso na terça-feira (20) logo após uma audiência judicial em Goiânia sobre,
segundo a polícia, um dos quatro processos por estelionato pelos quais já
respondia em liberdade.
Em
depoimento, conforme a polícia, ele negou as acusações e disse que todos os
negócios foram feitos dentro da legalidade.
O advogado
dele, Flávio Cavalcante, também negou as acusações. "A defesa está tomando
as medidas cabíveis para poder provar, neste caso específico em que ele foi
preso, provar a inocência dele", afirmou.
Questionado
se Thiago, de fato, se passava por filho do depurado, o defensor disse que
"existe uma outra história que será comprovada oportunamente".
A reportagem
entrou em contato com o gabinete do deputado, por email, às 8h54 desta
quarta-feira (21) e aguarda retorno. À TV Anhanguera, ele agradeceu o trabalho
da polícia.
Modo de atuação
De acordo
com o delegado André Bottesini, responsável pelas investigações, há vítimas até
agora de Goiânia e Caldas Novas, no sul do estado. O suspeito usava o falso parentesco
com o político para oferecer benefícios às vítimas em troca de dinheiro.
"Ele
vendia veículos com pendências administrativas e dizia que era possível
regularizá-las, dizia que conseguia tira pontos de carteiras de habilitação e
também que facilitava o porte e o registro de arma de fogo. Tudo isso por ser
filho do deputado", disse ao G1.
O próprio
parlamentar e o filho dele chegaram a ser ouvidos durante as investigações e
relataram ter tido problemas com a situação.
"O
deputado prestou depoimento e disse que algumas vítimas do suspeito procuravam
seu escritório cobrando benefícios que seu suposto filho teria prometido. Ele
apresentava o verdadeiro filho, as pessoas viam que não era a mesma pessoa e
notavam que tinham sido enganadas", explica o delegado.
A prisão de
Thiago ocorreu em virtude de um mandado de prisão expedido por um dos golpes
pelo qual ele é suspeito.
Na situação,
ele teria vendido um carro a uma mulher. Ao ser parada em uma blitz, descobriu
que o veículo havia sido roubado em Rondônia.
O delegado
diz que oito vítimas já procuraram a polícia e outras sete foram identificas.
Ele acredita que possam existir ainda outras 15 pessoas lesadas pelo suspeito.
Autuado por
estelionato, ele pode pegar, se condenado, a até cinco anos de prisão por cada
caso.
Fonte: G1
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