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O que o futuro guarda para Zé Eliton e Marconi Perillo?



O futuro ex-governador José Eliton chegou ao topo do organograma da administração estadual sem disputar eleição, sempre a reboque de Marconi Perillo. Na única eleição que disputou em sua vida, perdeu feio para Ronaldo Caiado, seu antigo padrinho político.

José Eliton perdeu em quase todas as cidades goianas. Perdeu em Posse, sua cidade. Em Anápolis, ele perdeu até para a candidata do PT, Kátia Maria, que ficou em 3° lugar. Anápolis é uma cidade onde o marconismo sempre venceu com mais de 75% dos votos.

José Eliton tem uma carreira política? Não se sabe se ele pretende continuar na vida pública. Talvez queira reassumir sua banca de advocacia. O certo é que, se decidir continuar, terá que começar do zero. Uma vereança em Posse, ou a prefeitura, quem sabe? Será que ele desceria do seu pedestal para calçar as sandálias da humildade? Ou ficaria numa quarentena de quatro anos à espera de uma oportunidade para se candidatar a deputado federal ou estadual?

O futuro ex-governador conclui melancolicamente o seu mandato. Com a queda brusca da arrecadação tributária, o Estado chega ao fim do ano sem meios para pagar funcionalismo e repassar verbas às OSs. À espera do novo governador, os escalões intermediários vão negligenciando as determinações do inquilino do Palácio das Esmeraldas. A Administração Pública está a um passo do caos.

A estratégia adotada por Zé Eliton para derrotar Caiado mostrou-se equivocada do começo ao fim. Os mais atentos observadores da política goiana apontaram essa falha desde o início. José Eliton tentou se vender por um gestor excelente. Um governador não politico. E não percebeu que o povo andava à procura de um líder, de um político de reputação ilibada e coragem para tomar as decisões certas. Goiás queria um estadista, não um gerente de botequim de esquina. O pior é que, pretendendo botar banca de “gestor”, passou à opinião pública de que não passava de pau mandado de Marconi. Um continuísta na pior acepção da palavra.

Nos meios políticos, especula-se que Zé Eliton vai tentar se manter na política. Os sinais foram enviados. Quando Marconi foi preso, ele se absteve de pronunciar alguma palavra, protocolar que fosse, de manifestar solidariedade ao chefe. Para a eleição presidencial do segundo turno, declarou voto em Haddad, sem consultar ninguém, mesmo sabendo que Marconi sempre fora ligadíssimo a João Dória, que apoiou Bolsonaro.

O que esses sinais indicam é que ele resolveu desvincular-se de Marconi Perillo. É como se ele dissesse ao mundo político que, agora, ele é ele, Marconi é Marconi. Descolando a sua imagem do líder caído em desgraça, espera com isso assumir um papel de liderança de uma parcela da oposição ao caiadismo e ao governo Bolsonaro.

Uma incógnita é se irá permanecer filiado ao PSDB. Tanto em nível local quanto nacional a legenda tucana virou suco. Caiu na irrelevância eleitoral. Uma boa saída para ele é juntar-se a Maguito e Daniel Vilela em alguma legenda de aluguel. Sim, por que a dissidência emedebista que apoiou Caiado já conta como questão meramente de tempo a retomada do MDB. Assim que o maguitismo perder o controle da legenda, terá que optar: ou enquadrar-se no novo governismo ou sair do partido para iniciar um projeto oposicionista. É neste contexto que Zé Eliton e os Vilela poderão se unir.

Mas o futuro a Deus pertence. E, como diria o Conselheiro Acácio, as consequência virão depois. O processo que quebrou as pernas de Marconi é um tanto nebuloso. De evidente, sabe-se apenas que ele incorreu em Caixa 2, que é crime eleitoral. Falta ser informado à opinião pública que ato de corrupção, concretamente falando, ele cometeu para estar sob investigação da Polícia Federal. E qual é o interesse processual da União neste caso? Enfim, há um longo caminho pela frente e a possibilidade de Marconi escapar dessas acusações não pode ser desprezada. Quem apostar na morte política do maior estadista que Goiás já viu, irá perder.

É preciso, portanto, esperar. O dia de amanhã pode não replicar o dia de hoje.

Fonte: Hora Extra

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